Para tomar qualquer decisão de investimento é necessário analisar o rendimento e a rentabilidade de cada ativo. Para isso, os especialistas sugerem que os investidores utilizem métricas que forneçam informações sobre a rentabilidade de seus investimentos.
Em última análise, todo investimento visa a gerar dinheiro, isto é, lucro. Claro, dependendo da sua estratégia de investimento, às vezes o dinheiro entra mais tarde (se você estiver investindo para valorização) e às vezes mais cedo (se você estiver visando fundos imediatos).
Seja qual for a sua abordagem e seu perfil de investidor, entender as características da rentabilidade e do rendimento vai te ajudar a analisar as oportunidades de investimento e escolher opções que permitam diversificar seu portfólio.
Aprenda a diferença entre rentabilidade e rendimento e como conhecer esses conceitos pode te auxiliar na tomada de decisão na hora de investir. Boa leitura!
Qual a diferença entre rendimento e rentabilidade?
O rendimento é o valor que o investidor receberá como retorno sobre o investimento. Já a rentabilidade é um percentual de quanto seu investimento terá de retorno.
Mas afinal, rentabilidade é o mesmo que rendimento? Vamos entender como ficar atento na hora de decidir se um investimento tem ou não boa rentabilidade.
O que é rendimento?
O rendimento é derivado do dinheiro que você investiu em ativos financeiros: ações, títulos imóveis, financiamentos coletivos etc. De um modo geral, os juros são pagos por títulos de dívida, como contas em uma instituição financeira, por exemplo. Já os dividendos são pagos por ações. E qualquer investimento pode gerar um ganho de capital – o que acontece se você vendê-lo por mais do que pagou por ele. Lucro, em outras palavras.
Saiba que alguns investimentos podem fornecer mais de um tipo de rendimento. Por exemplo, digamos que você comprou ações. Se suas ações pagam dividendos, isso seria considerado um tipo de rendimento de investimento.
Se mais tarde você vender as ações com lucro, a diferença entre o preço de venda e a sua base (ou seja, o que você pagou pelas ações) é um ganho de capital – outro tipo de rendimento do investimento.
A chave para identificar qual opção de investimento é melhor do que outras está em identificar quais investimentos oferecem maior potencial de receita.
Entenda como funciona na prática o conceito de rendimento
O mercado de ações é um exemplo de rendimento. Por exemplo, se você comprar 10 ações por R$ 20 cada, terá R$ 200 investidos em uma empresa listada no mercado de ações. Quando o valor dessas ações aumenta para R$ 25 por ação, você ganha R$ 50 no investimento.
O rendimento não se limita a ações e títulos. O mercado imobiliário também pode gerar receita sob o investimento. Por exemplo, você pode comprar uma casa para alugar por R$100.000 e alugá-la pelos próximos 15 anos para cobrir o custo do financiamento e despesas de manutenção. Se mais tarde você vender a propriedade por R$ 150.000, você ganhará R$ 50.000.
Você está procurando maneiras de aumentar os seus rendimentos e diversificar seu portfólio? Descubra aqui como investir em projetos imobiliários.
O que é rentabilidade de investimentos?
Rentabilidade representa o ganho financeiro de um investimento de acordo com o percentual de retorno obtido com a aplicação desse capital.
Entender qual é o rendimento real de um investimento e saber como calculá-lo é fundamental para tomar a decisão certa e não perder dinheiro. Afinal, é o ganho real que faz o seu patrimônio crescer a longo prazo, não é?
Como calcular a rentabilidade de um investimento?
Para calcular o ganho real dos investimentos, isto é, a rentabilidade, é preciso desmistificar um ponto importante: muitos investidores acreditam que calcular o ganho real dos investimentos consiste apenas em descontar da rentabilidade da aplicação.
Imagine, por exemplo, que a inflação do período foi de 5% ao ano. No cálculo, a subtração nos daria 5% de rentabilidade real, certo? Errado, pois para calcular a rentabilidade real de um investimento é crucial descontar a inflação sobre o valor investido.
Para calcular o ganho real do investimento, descontando a inflação, o investidor deve calcular o ganho percentual considerando o valor que seria necessário desembolsar para realizar o mesmo aporte no final daquele ano.
Vale ressaltar que na hora de calcular a rentabilidade é importante considerar, também, fatores como:
- riscos;
- liquidez;
- inflação;
- taxas administrativas e operacionais;
- impostos aplicados sobre o rendimento.
Assim, será possível considerar produtos financeiros que melhor atendem às suas necessidades.
Como aumentar a rentabilidade dos investimentos: 7 dicas práticas. Confira clicando aqui.
Por que calcular a rentabilidade?
A melhor maneira de investir dependerá de suas preferências pessoais, juntamente com suas circunstâncias financeiras atuais e futuras.
Para isso, é importante ter uma compreensão detalhada de suas receitas e despesas, ativos e passivos, rentabilidades e metas ao construir um plano de investimento sólido.
A rentabilidade sempre será definida como um número percentual, que independe do valor aplicado. Suponhamos que uma aplicação de renda fixa prometa 10% de rentabilidade ao final de um ano. Se você aplicar R$ 100 mil, terá R$ 110 mil no fim do período. Essa é a lógica.
O cálculo da rentabilidade é muito utilizado pelos investidores para:
- comparar investimentos de diferentes riscos e retornos;
- comparar a rentabilidade de um investimento com a inflação do período, para descobrir se é possível manter o seu poder de compra.
Antes de começar a investir, é muito importante que você entenda como funcionam as diferentes formas de rentabilidade, assim você conseguirá comparar suas opções de investimento e escolher o ativo que melhor se encaixa em sua carteira de investimentos. Prossiga a leitura e saiba mais.
Para calcular a rentabilidade, você precisa compreender, também, o conceito de juros compostos. Descubra neste artigo aqui.
Tipos de rentabilidade
Os principais tipos de rentabilidade são:
- Rentabilidade Nominal: não considera a inflação do período;
- Rentabilidade Bruta: representa o valor que rendeu a aplicação, sem considerar quaisquer custos e tributos, como corretagem, emolumentos ou mesmo Imposto de Renda devido;
- Rentabilidade Real: valor considerado após a inflação do período ser descontada;
- Rentabilidade Líquida: representa o valor que rendeu a aplicação, descontados os custos e tributos, como corretagem, emolumentos e Imposto de Renda devido.
Modelos de rentabilidade
Para tomar decisões é aconselhável sempre a realização de uma robusta comparação de rentabilidades. Dessa forma você saberá que está investindo na melhor oportunidade.
Na renda fixa, três modelos de rentabilidade ganham destaque. Saiba quais são!
- Taxa Prefixada: No momento da compra do título o investidor já conhece qual será a rentabilidade final de seu investimento.
Uma porcentagem fixa determina o retorno total da aplicação. Assim, o resultado final não dependerá do desempenho de qualquer indicador.
- Taxa Pós-fixada: esse tipo de rentabilidade é indexada completamente a taxa de juros, a Taxa Selic. Se a taxa de juros básica da economia subir ou descer, a rentabilidade do título acompanha.
- Taxa Híbrida: é uma mistura das duas anteriores. A rentabilidade do investimento remunera uma taxa fixada no momento da compra, somada a uma variante que impactará na aplicação.
Conclusão
Conhecer a rentabilidade prevista e o rendimento de suas aplicações auxiliará na tomada de decisão sobre o produto financeiro ideal para seu perfil de investidor.
Como sempre destacamos, o segredo é diversificar. Ou seja, não colocar todos os ovos na mesma cesta. Diversificar consiste em distribuir seu dinheiro em vários tipos de investimentos.
A ideia é que seu portfólio esteja protegido se um determinado ativo, ou grupo de ativos, perder dinheiro.
Por exemplo, se você colocar todo o seu dinheiro em uma ação, todo o seu investimento poderá ser perdido se a empresa falir, por exemplo. Ou, num cenário menos catastrófico, deixar de crescer muito se essa empresa ou setor passar por tempos difíceis.
No entanto, ao investir vários ativos diferentes, você distribui o risco. A diversificação não pode eliminar completamente o risco, mas pode reduzir significativamente sua exposição ao risco.
Diferentes investimentos estão sujeitos a diferentes rendimentos e rentabilidade. Em um portfólio bem diversificado, eles se equilibram, mantendo suas finanças e seu crescimento em equilíbrio.
Em suma, manter o hábito de calcular a rentabilidade dos investimentos te auxiliará a identificar se sua carteira de investimento está, de fato, entregando um bom rendimento.