Entre as diversas alternativas de renda fixa disponíveis no mercado, o Recibo de Depósito Bancário (RDB) chama a atenção por unir segurança e previsibilidade.
Embora menos conhecido do que o CDB, ele pode ser uma opção viável para quem busca estabilidade nos investimentos.
Neste artigo, você vai entender o que é o RDB, como funciona, quais são seus riscos, tributações e como ele se compara ao CDB — ajudando você a tomar decisões mais alinhadas ao seu perfil e aos seus objetivos financeiros.
O que é RDB e como funciona?
O RDB (Recibo de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa disponibilizado por instituições financeiras como bancos, cooperativas de crédito e sociedades de investimento. Ele compartilha semelhanças com o CDB, mas possui algumas particularidades.
Ao aplicar em um RDB, o investidor está emprestando recursos à instituição financeira, que devolverá esse valor com uma remuneração acordada — que pode ser pré-fixada (valor definido na hora da aplicação) ou pós-fixada (atrelada a um índice de referência).
Esse tipo de produto costuma ter um prazo mínimo e não permite saques antes do vencimento, o que torna o investimento menos líquido.

Onde encontrar o RDB?
Como vimos, bancos, cooperativas de crédito e instituições de investimento oferecem o RDB. Contudo, essas instituições o disponibilizam com menos frequência do que o CDB, o que pode dificultar sua busca.
Ainda assim, é possível encontrá-lo por meio de plataformas digitais, sites de bancos e aplicativos especializados.
Antes de investir, o próprio investidor deve comparar os prazos e as taxas de remuneração disponíveis em diferentes instituições e verificar se a entidade possui autorização dos órgãos reguladores competentes.
Quais são os riscos do RDB?
Embora o RDB seja classificado como um investimento de baixo risco, é fundamental observar alguns pontos relevantes:
- Risco de crédito: Há a possibilidade de a instituição emissora não honrar o pagamento. No entanto, o investimento pode estar protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição, e limite global de R$ 1 milhão por período de quatro anos.
- Risco de liquidez: Como os RDBs não costumam permitir resgate antes do vencimento, o investidor precisa manter o dinheiro aplicado até o prazo final.
- Risco de mercado: Nos RDBs pós-fixados, os rendimentos estão sujeitos às variações dos indicadores que os indexam.
- Risco de longo prazo: Mudanças nas condições econômicas ao longo do tempo podem afetar a rentabilidade.
- Risco regulatório: Modificações na legislação ou regras do setor financeiro podem impactar as características do investimento.
Vale reforçar que os investimentos protegidos pelo FGC estão listados na Resolução 4.222/13 do Conselho Monetário Nacional, e que os valores máximos cobertos consideram os depósitos realizados a partir de 21 de dezembro de 2017.
Por isso, é essencial que o investidor avalie esses riscos, leia atentamente as condições do produto e busque orientação antes de aplicar.
Como funciona a tributação do RDB?
O RDB segue as regras de tributação dos investimentos em renda fixa no Brasil. O Imposto de Renda é cobrado sobre os rendimentos e varia conforme o tempo em que o valor fica aplicado, seguindo a tabela regressiva:
- Até 180 dias: 22,5%
- De 181 a 360 dias: 20%
- De 361 a 720 dias: 17,5%
- Acima de 720 dias: 15%
RDB e CDB: qual a diferença?
Embora semelhantes, RDB e CDB têm diferenças importantes. O RDB costuma ser oferecido por menos instituições, enquanto o CDB é mais popular entre os bancos, o que o torna mais acessível.
Além disso, a liquidez também difere: muitos CDBs têm liquidez diária, o que permite o resgate antecipado. Já os RDBs, em geral, exigem que o valor fique aplicado até a data de vencimento.
Outro ponto a considerar é a variedade de emissores e condições: o CDB tende a oferecer mais opções, o que pode facilitar a escolha do produto mais adequado ao perfil e às metas do investidor.

RDB rende mais que CDB?
Não há uma resposta única. A rentabilidade depende de vários fatores, como o prazo da aplicação, o emissor e as condições do mercado. Muitas vezes, o CDB pode oferecer retornos iguais ou até superiores aos do RDB.
Além disso, a concorrência entre instituições financeiras na oferta de CDBs pode resultar em condições mais atrativas, ampliando as possibilidades para o investidor encontrar boas oportunidades.
RDB ou CDB: qual escolher?
De maneira geral, o CDB pode ser uma opção mais vantajosa para grande parte dos investidores. A maior disponibilidade de emissores, diversidade de prazos e possibilidade de resgate antecipado tornam esse produto mais flexível.
Ainda assim, é importante avaliar as condições de cada aplicação e considerar o seu perfil de risco, objetivos financeiros e o planejamento de curto, médio e longo prazo.
Conclusão
O RDB é uma alternativa de renda fixa que pode atender bem quem busca segurança e está disposto a manter o valor aplicado até o vencimento.
Embora tenha menor liquidez e disponibilidade em comparação ao CDB, pode oferecer condições interessantes dependendo da instituição emissora.
Avaliar bem os prazos, as taxas e os riscos envolvidos é essencial para fazer uma escolha consciente. Como sempre, a recomendação é alinhar qualquer decisão de investimento ao seu perfil e, se necessário, contar com a ajuda de um profissional qualificado.3
