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Investimentos de baixo risco: conheça as melhores opções

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Escolher investimentos de baixo risco é essencial para quem busca segurança e estabilidade financeira. Para muitas pessoas, opções de baixo risco são uma escolha natural, especialmente em cenários de incerteza econômica.

Este tipo de aplicação tende a oferecer rendimentos mais previsíveis, reduzindo as chances de perdas significativas. 

Apesar disso, é importante avaliar as características de cada opção antes de tomar uma decisão.

Neste artigo, vamos falar as alternativas mais comuns de baixo risco, explicando como elas funcionam e como podem se adequar ao seu perfil financeiro.

O que são riscos nos investimentos?

Riscos nos investimentos representam a possibilidade de que os resultados esperados não sejam alcançados, podendo ocasionar perdas parciais ou totais do capital aplicado. 

Essa incerteza faz parte de qualquer aplicação financeira, independentemente de sua natureza ou complexidade, e varia em intensidade dependendo do tipo de ativo e das condições de mercado.  

Existem diferentes categorias de risco que podem impactar um investimento. O risco de mercado, por exemplo, está relacionado às oscilações de preços causadas por fatores econômicos, políticos ou sociais. 

Já o risco de crédito diz respeito à capacidade de uma instituição ou empresa de honrar seus compromissos financeiros, afetando diretamente títulos de renda fixa e outros instrumentos de dívida.  

Outro aspecto importante é o risco de liquidez, que ocorre quando um ativo não pode ser facilmente vendido ou convertido em dinheiro sem uma perda significativa de valor.

Além disso, há o risco operacional, que envolve falhas nos processos internos de uma empresa ou instituição financeira, podendo prejudicar os resultados do investimento.  

Investidores também precisam considerar o risco cambial, especialmente ao lidar com ativos internacionais.  Ele reflete as variações nas taxas de câmbio, que podem impactar negativamente os retornos. 

Por fim, o risco sistêmico afeta todo o mercado, como em crises financeiras generalizadas, enquanto o risco não sistêmico está ligado a fatores específicos de um ativo ou setor.  

Quais são os melhores investimentos de baixo risco?

Nesta seção, vamos falar sobre as alternativas mais conhecidas de investimentos de baixo risco, explicando suas características, o perfil de investidor a que se destinam e as situações em que podem ser mais vantajosas. 

Assim, você terá mais clareza para identificar quais delas se alinham aos seus objetivos financeiros e à sua tolerância ao risco.

1. Tesouro direto

O Tesouro Direto é um programa de investimentos do governo federal que permite a compra de títulos públicos por pessoas físicas. 

Se considera esses títulos de baixo risco porque o governo é o responsável pelo pagamento, sendo o emissor mais confiável do país.

Há diferentes modalidades disponíveis, como o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros, e o Tesouro IPCA+, que garante uma rentabilidade acima da inflação. 

Quem busca liquidez e estabilidade deve optar pelo primeiro, enquanto quem tem objetivos de longo prazo pode escolher o segundo. As instituições financeiras tornam a aplicação acessível, com valores mínimos baixos, e permitem que o investidor a faça de forma online.

2. CDBs

Bancos emitem os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como forma de captar recursos.

Em troca, o investidor recebe uma remuneração que pode ser pré-fixada, pós-fixada ou híbrida. Os CDBs pós-fixados estão vinculados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e oferecem rendimentos próximos à taxa básica de juros.

Embora o emissor seja uma instituição privada, o investimento conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CPF e instituição, o que reduz significativamente o risco. A liquidez pode variar, sendo que alguns CDBs permitem resgate antecipado enquanto outros exigem a permanência até o vencimento.

3. Letras de crédito (LCI e LCA)

Bancos emitem as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) para financiar os respectivos setores.

O FGC protege os investimentos, e a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas aumenta a rentabilidade líquida das LCI e LCA.

LCIs e LCAs são indicadas para investidores que buscam maior eficiência fiscal em aplicações de renda fixa. 

No entanto, elas podem exigir um prazo mínimo de aplicação e podem não oferecer liquidez imediata, o que demanda planejamento antes da aplicação.

4. Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são veículos de investimento que reúnem recursos de diversos investidores para aplicar em ativos como títulos públicos e privados. Profissionais especializados gerenciam os investimentos, o que pode ser vantajoso para quem prefere não gerir diretamente seu portfólio.

Os fundos dessa categoria podem apresentar diferentes níveis de risco dependendo da composição da carteira. 

Fundos que investem exclusivamente em títulos públicos, por exemplo, têm menor risco em comparação aos que incluem ativos privados. 

É importante observar as taxas de administração, pois podem impactar a rentabilidade final.

5. Fundos de previdência

Os fundos de previdência são estruturados para acumulação de recursos visando o longo prazo. 

Eles têm um modelo tributário diferenciado, com possibilidade de regime de tributação regressiva, o que pode ser vantajoso para quem mantém o investimento por muitos anos.

Existem fundos de previdência conservadores, que alocam recursos majoritariamente em renda fixa. 

Investidores que desejam preservar o capital enquanto se preparam para a aposentadoria podem optar por esses investimentos. Apesar de serem menos voláteis, é necessário observar as taxas administrativas e os custos associados.

6. Fundos DI

Fundos DI são fundos de renda fixa que alocam a maior parte do patrimônio em títulos públicos e privados indexados ao CDI. 

Por isso, eles apresentam uma rentabilidade que acompanha de perto as oscilações da taxa básica de juros.

Esses fundos são indicados para quem deseja um investimento com alta liquidez, já que permitem resgates rápidos, geralmente no mesmo dia ou no dia seguinte ao pedido. 

Apesar disso, a rentabilidade pode ser impactada por taxas de administração elevadas, então é essencial analisar os custos antes de investir.

Como começar a investir com segurança?

Investir com segurança é uma preocupação comum, especialmente entre iniciantes que buscam proteger seu capital ao mesmo tempo que exploram as oportunidades disponíveis. 

Para isso, é necessário adotar uma abordagem estruturada que envolva conhecimento básico sobre finanças, definição de objetivos claros e escolhas alinhadas ao seu perfil de risco.

Nessa seção, vamos falar o passo a passo concreto para te ajudar a dar os primeiros passos no mercado financeiro de forma segura e consciente.

Estabeleça objetivos claros

O primeiro passo para começar a investir é definir o que você pretende alcançar com os seus investimentos. 

Esses objetivos podem variar de pessoa para pessoa e incluir metas como comprar um imóvel, financiar estudos ou garantir uma aposentadoria confortável. 

Ao estabelecer objetivos, é importante definir prazos e valores estimados, pois isso ajudará a escolher os investimentos mais adequados para cada etapa.

Metas de curto prazo, por exemplo, podem demandar investimentos mais conservadores e líquidos, enquanto objetivos de longo prazo permitem maior exposição a ativos que oferecem potenciais retornos mais elevados, mesmo com risco moderado.

Escrever essas metas e revisá-las periodicamente auxilia na disciplina e no acompanhamento do progresso.

Avalie sua tolerância ao risco

Conhecer a sua tolerância ao risco é outro aspecto essencial. Isso significa identificar o quanto você está disposto a suportar em termos de perdas ou oscilações no valor do seu investimento. 

Pessoas mais avessas ao risco tendem a optar por aplicações conservadoras, como títulos públicos ou CDBs de bancos sólidos, enquanto aqueles com maior tolerância podem considerar outros ativos.

Essa avaliação pode ser feita por meio de questionários de perfil de investidor oferecidos por corretoras e instituições financeiras. 

O resultado ajudará a alinhar sua carteira de investimentos às suas preferências, evitando desconforto em situações de volatilidade.

Elimine dívidas

Antes de investir, é importante quitar dívidas, especialmente aquelas com juros elevados, como cartões de crédito ou cheque especial.

Isso porque o custo desses débitos costuma ser superior ao retorno esperado da maioria dos investimentos, especialmente os de baixo risco.

Ao eliminar as dívidas, você libera recursos para investir com maior tranquilidade e evita situações em que é necessário resgatar aplicações de forma antecipada, o que pode comprometer os rendimentos. 

A organização financeira deve ser uma prioridade para quem deseja começar a investir.

Construa uma reserva de emergência

A construção de uma reserva de emergência é um passo indispensável para quem deseja investir com segurança.

Essa reserva deve ser suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas essenciais e precisa estar alocada em investimentos líquidos e de baixo risco, como o Tesouro Selic ou fundos DI.

Ter essa reserva garante que você tenha recursos disponíveis para lidar com imprevistos sem precisar recorrer a empréstimos ou resgatar outros investimentos. 

Assim, ela funciona como uma base sólida para que você avance na sua jornada financeira.

Faça cursos sobre investimentos

Investir em conhecimento é uma etapa que não deve ser negligenciada. Participar de cursos básicos sobre investimentos pode ajudá-lo a entender conceitos fundamentais, como tipos de ativos, tributação e diversificação.

Além dos cursos, é importante acompanhar conteúdos educativos de fontes confiáveis, como blogs, livros e vídeos de especialistas. Essa formação contínua proporciona mais autonomia e segurança na hora de tomar decisões financeiras.

Diversifique

A diversificação é uma estratégia importante para diluir riscos e melhorar o potencial de retorno de sua carteira.

Isso envolve distribuir seus recursos entre diferentes classes de ativos, como renda fixa, fundos de investimento e, eventualmente, renda variável.

A diversificação não elimina os riscos, mas reduz o impacto de perdas significativas em um único ativo ou setor. 

É uma prática que permite ao investidor equilibrar segurança e crescimento, de acordo com seus objetivos e perfil de risco.

Comece com investimentos de baixo risco

Para quem está começando, é recomendado priorizar investimentos de baixo risco como os que citamos anteriormente.

Essas opções oferecem maior previsibilidade e ajudam o investidor a se familiarizar com o mercado financeiro.

Com o tempo e a experiência adquirida, você pode diversificar sua carteira e considerar outros ativos que se alinhem aos seus objetivos de longo prazo. 

O importante é começar de forma segura e avançar gradualmente, sempre respeitando seu perfil e suas metas.

Conclusão

Investimentos de baixo risco são alternativas atrativas para quem busca segurança e estabilidade ao aplicar seus recursos. 

Essas opções permitem proteger o capital enquanto oferecem retornos consistentes, ainda que mais modestos em comparação a ativos de maior risco.

Ao escolher entre essas alternativas, é importante alinhar os investimentos ao seu perfil e aos seus objetivos financeiros. 

Definir metas claras, avaliar sua tolerância ao risco e manter uma reserva de emergência são passos essenciais para tomar decisões conscientes e eficientes.

Adotar uma estratégia focada em baixo risco é um ponto de partida especialmente para investidores iniciantes.

Com o tempo, é possível diversificar a carteira, sempre considerando as suas necessidades e expectativas. Isso garante um equilíbrio entre segurança e crescimento sustentável.

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