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Poupança: entenda como funciona e se vale a pena investir!

A poupança é um dos investimentos mais tradicionais no Brasil, e para quem busca uma forma de guardar dinheiro sem complicações, ela pode parecer uma boa opção. 

Porém, é importante entender como ela funciona, justamente para compreender e essa é a decisão correta para a sua carteira.

Por isso, neste artigo, vamos explicar isso e muito mais! Além disso, também vamos entender se a poupança é realmente uma boa escolha diante de outras opções disponíveis no mercado.

Vamos lá?

O que é poupança?

A poupança é uma conta especial oferecida por bancos, onde o dinheiro que você coloca rende juros ao longo do tempo. A principal característica dela, como já mencionamos, é a sua segurança e simplicidade, sendo uma opção muito utilizada por pessoas que buscam preservar o dinheiro sem correr muitos riscos.

Como funciona a poupança?

O cliente abre uma conta poupança em um banco e deposita uma quantia de dinheiro que fica guardado na conta e rende juros mensais. O governo regula essa taxa de rendimento, seguindo uma fórmula que considera a Taxa Selic (a taxa básica de juros da economia) e a TR (Taxa Referencial). Por isso, inclusive, a rentabilidade da poupança é a mesma em qualquer instituição e a escolha do banco não vai influenciar no retorno do investimento. 

O rendimento da poupança está diretamente ligado à Taxa Selic e à Taxa Referencial (TR). A fórmula atual de cálculo do rendimento da poupança considera 70% da Selic mais a TR, quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano. Se a Selic estiver acima desse patamar, o rendimento é de 0,5% ao mês mais a TR. A TR tem estado zerada nos últimos anos, o que faz com que o rendimento da poupança seja praticamente 70% da Selic ou 0,5% ao mês.

Taxas 

Uma das grandes vantagens da poupança é a ausência de taxas e outros custos. Diferente de outros produtos, como fundos de investimento e previdência privada, a poupança não cobra taxas, o que significa que o rendimento divulgado é o rendimento efetivo. Além disso, também é um investimento isento de imposto de renda para pessoas físicas.

Embora a poupança não tenha taxas específicas, é importante considerar as tarifas bancárias gerais que podem ser aplicadas à conta-corrente vinculada. Em alguns casos, tarifas de manutenção de conta, saques e transferências podem ser cobradas se você exceder o número de transações gratuitas permitidas por mês.

Comparar os custos da poupança com outras modalidades de investimento pode ajudar a entender melhor sua viabilidade. Investimentos como CDBs, LCIs e LCAs podem oferecer rendimentos superiores, mas geralmente estão sujeitos a Imposto de Renda e outras taxas de administração. Fundos de investimento, por exemplo, podem cobrar taxas de performance e administração, o que pode impactar significativamente o rendimento líquido do investidor.

Liquidez

A liquidez da poupança é imediata, ou seja, permite saques a qualquer momento. Porém, como já mencionamos, é importante lembrar que os saques antes da data de aniversário do depósito não rendem juros.

Aniversário da poupança

A poupança tem um rendimento diferenciado de outros tipos de investimento. Nela, creditamos os juros mensalmente na data de aniversário do depósito, ou seja, se você investiu no dia 8 de um mês x, você só verá os rendimentos obtidos no dia 8 do mês seguinte. Por isso, se você realizar um saque antes dessa data, pode perder todo o retorno do mês. 

Garantias

Uma das principais garantias da poupança é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que oferece proteção a quem investe em caso de problemas com a instituição bancária onde o dinheiro está aplicado. O FGC garante até R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira, ou seja, caso o banco vá à falência, o investidor tem a segurança de que seus depósitos serão reembolsados até esse limite, independente de quantos investimentos em bancos diferentes a pessoa tenha.

Destino dos recursos aplicados

Uma grande parte dos recursos da poupança tem uma função social. O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) recebe 65% dos valores, facilitando o acesso ao crédito imobiliário e permitindo que muitas pessoas realizem o sonho da casa própria. Outra parte direciona crédito rural, financia atividades agrícolas e oferece linhas de crédito com condições especiais para produtores rurais, etc.

Qual é o rendimento da poupança?

Como já mencionamos, a fórmula atual de cálculo do rendimento da poupança considera 70% da Selic mais a TR, quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, e se a Selic estiver acima desse valor, 0,5% ao mês mais a TR. 

O que vem acontecendo é que a Selic chegou a 8,5% ao ano em maio de 2012 e ficou abaixo desse valor até agosto de 2013, quando voltou a subir. A partir de setembro de 2017 o rendimento da poupança continuou a cair por conta da queda da taxa, e continua nessa tendência de movimentação.

Outra questão interessante é a TR. Ela tem estado zerada nos últimos anos, o que faz com que o rendimento da poupança seja praticamente 70% da Selic ou 0,5% ao mês sempre.

Como a inflação afeta a poupança e os seus investimentos

Quando a inflação está alta, o aumento dos preços pode superar o rendimento nominal da poupança. Por exemplo, se a inflação anual for de 6% e o rendimento da poupança for de 4%, o rendimento real será negativo. Isso significa que, mesmo com os juros recebidos, você pode perder poder de compra ao longo do tempo.

Comparação com outros investimentos

Investimentos em renda fixa como CDBs, Tesouro Direto, LCIs e LCAs geralmente oferecem rendimentos maiores do que a poupança, especialmente quando a inflação está alta. Esses produtos costumam ter taxas de retorno pré-fixadas ou atreladas ao IPCA, por exemplo, o que garante mais o poder de compra por parte do investidor. 

Investir em renda variável também protege o dinheiro da inflação. Porém, é mais arriscado!

Vale a pena investir na poupança?

Por muito tempo, a poupança foi a única opção de investimento acessível para uma grande parte da população. No passado, muitos produtos financeiros não estavam disponíveis para os brasileiros, porém, recentemente o mercado se modernizou e essa situação mudou bastante.

A poupança permanece como uma aplicação sem burocracia. Ela não requer uma análise profunda, uma aplicação mínima, nem nada do tipo, e é uma alternativa para quem tem pouco dinheiro para investir. Além disso, também tem o benefício de não envolver custos e contar com a garantia do FGC, se tornando uma opção interessante para quem está começando a se organizar financeiramente.

Entretanto, a rentabilidade da poupança é muito baixa, com ganho real próximo de zero ou até negativo. Outras aplicações de renda fixa com risco semelhante ao da caderneta, oferecem remuneração mais alta e, por isso, maior possibilidade de preservar o poder de compra no futuro.

Alguns deles são:

1. Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma plataforma que permite a compra de títulos públicos emitidos pelo governo federal. Existem diversos tipos de títulos disponíveis, cada um com características específicas, como:

– Tesouro Selic: Ideal para quem busca liquidez e segurança, já que tem rentabilidade atrelada à Taxa Selic.

– Tesouro IPCA+: Esse título tem a rentabilidade composta por uma taxa de juros fixa mais a variação do IPCA, garantindo ganhos reais acima da inflação. 

2. Certificados de Depósito Bancário (CDBs)

Os CDBs são títulos emitidos por bancos para captar recursos, e oferecem uma rentabilidade superior à poupança, com diferentes opções de vencimento e liquidez. Eles assim como a poupança, são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira.

3. Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)

As LCIs e LCAs também são títulos isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que aumenta sua atratividade em termos de rentabilidade. Elas são emitidas por instituições financeiras e lastreadas em empréstimos imobiliários ou do agronegócio, respectivamente. Esses investimentos são interessantes para quem busca manter a isenção fiscal e um retorno superior ao da poupança.

4. Fundos de Investimento

Os fundos de investimento reúnem dinheiro de vários investidores para aplicar em uma diversidade de ativos, formando o fundo. Entretanto, é importante ressaltar que eles cobram taxas de administração e, em alguns casos, taxa de performance, o que deve ser considerado ao avaliar a rentabilidade.

Conclusão

Portanto, a poupança é um produto financeiro de fácil acesso, muito utilizado pelas pessoas por conta da sua simplicidade e segurança. 

No entanto, para tomar a decisão de investir ou não na poupança, é essencial considerar as suas características principais, como rentabilidade, liquidez e garantias. 

Assim, analisar as opções disponíveis no mercado e avaliar o perfil de investimento e seus objetivos são passos importantes para escolher a aplicação mais adequada. Assim, é possível definir a melhor estratégia para proteger e aumentar o seu patrimônio ao longo do tempo.

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