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Investir em dólar: saiba como fazer e se vale a pena

Muitos investidores têm considerado investir em dólar, porém, na maioria das vezes não sabem como fazer isso ou se vale a pena.

Com o aumento da inflação (alta generalizada de preços), o dinheiro de um país pode perder valor ao longo do tempo. No caso do Brasil, uma série de problemas faz com que o real seja uma moeda mais fraca em comparação ao dólar.

Vamos entender: o dólar é a moeda mais forte do planeta, e é considerada a principal moeda internacional. Entre as explicações para isso é que a economia norte-americana é a mais forte e o país o mais rico do planeta. Além disso, o dólar é considerado a moeda mais confiável por grande parte dos países.

Basicamente, o dólar pode ser considerado como mais uma parte importante na estratégia de diversificação da sua carteira de investimentos. Mas para fazer aplicações financeiras variadas você deve se atentar a que tipo de investimento será realizado, sempre conforme os objetivos, as necessidades e o seu perfil de risco.

Por que investir em dólar?

Toda vez que o cenário econômico fica instável ou a economia brasileira fica desfavorável em relação ao PIB americano, os investidores preferem aplicar seus recursos em outros países, como os Estados Unidos, o que resulta na alta do dólar. É o que tem acontecido neste ano de 2020.

Além disso, outros fatores podem influenciar no comportamento do dólar no país, como as medidas tomadas pelo Banco Central (BC), o qual pode realizar intervenções no câmbio, na tentativa de ajustar o preço.

Por isso, entender o cenário econômico e geopolítico que o país e o mercado financeiro estão passando, com alta inflação e taxa Selic baixa, por exemplo, ajuda a compreender os fatores que impactam na cotação das moedas globais. 

Como já dissemos anteriormente, muitos investidores adotam a prática de investir em dólar, a fim de diversificar seus investimentos e garantir a proteção do seu patrimônio (hedge). Apesar do alto risco envolvido, esse tipo de aplicação tem se mostrado muito eficaz nos últimos anos. 

No entanto, o ideal é que o investidor use desse tipo de investimento como uma forma de diversificação. Ou seja, investir em dólar significa ter uma reserva de valor. Isto é, caso a situação econômica do Brasil, por exemplo, fique ruim você terá recursos no exterior, e seus investimentos estarão seguros.

Nesse sentido, investir em moeda estrangeira representa buscar segurança em uma moeda mais forte do que a brasileira. Por outro lado, esse tipo de aplicação também envolve riscos, já que você pode ter prejuízo se a cotação da moeda cair.

Para que tipo de investidor o dólar é indicado?

Como já falamos neste artigo, o perfil de investidor é uma espécie de avaliação que identifica as preferências e expectativas do investidor em relação as aplicações.

Porém, quando falamos sobre investir em dólar, todo perfil de investidor pode fazer este tipo de aplicação, uma vez que todos os perfis sofrem influência dessa moeda.

Normalmente, para os investidores conservadores, observar o valor do dólar é essencial para avaliar os riscos do cenário econômico como um todo. Já para o investidor moderado, aplicar o dinheiro em um fundo atrelado ao dólar pode ser ótimo para sua carteira. Por fim, o investidor agressivo pode desejar aplicar no mercado futuro, optando por minicontratos de dólar ou padrão.

Como investir em dólar? Quais são as opções?

Quando você pensa em como investir em dólar, é comum pensar na compra de moeda em espécie (notas e moedas), não é mesmo? Mas há formas mais seguras e menos voláteis de se investir. Existem diversas opções para esse tipo de aplicações que podem ser realizadas, confira:

  • papel moeda;
  • ações da bolsa;
  • derivativos;
  • fundos cambiais;
  • fundos multimercado;
  • fundos de investimento, entre outros.

Continue a leitura e descubra as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

1. Papel moeda

A forma mais conhecida de investir em dólar é por meio da compra de papel moeda. Para isso basta ir a uma casa de câmbio e negociar a troca de reais por dólar.

Apesar de ser relativamente simples, comprar dólar para depois vender não é de fato um investimento já que você está indexando o seu capital ao dólar, ou seja, você não está investindo e sim especulando. Além disso, as casas de câmbio cobram altos spreads entre as taxas de compra e venda, absorvendo boa parte da sua rentabilidade.

Outro ponto que deve ser destacado é que sobre a compra de dólar físico incide uma alíquota adicional de IOF. Além disso, ainda há um limite por CPF de quanto você pode trocar da moeda local para a moeda estrangeira. Portanto, essa é a forma menos recomendável de investir em dólar.

2. Ações na bolsa

Sabemos que desde o início da crise do coronavírus o dólar não parou de subir e isso pode ter sido para alguns investidores uma boa notícia, principalmente para quem tem interesse nas ações da Bolsa. Por isso, o investidor pode avaliar onde aplicar em dólar, em especial em empresas exportadoras ou estrangeiras negociadas na bolsa brasileira.

É importante ressaltar que qualquer investidor que esteja avaliando comprar ações na bolsa deve estar ciente que esse tipo de investimento tem risco elevado, e está sujeito a perdas. Também é importante entender que o investimento em ações da bolsa só é recomendado para quem tem visão de longo prazo. 

3. Fundos cambiais

Ao contrário do que muitos pensam, os fundos cambiais são operados por instituições financeiras e não pela Bolsa de Valores. Como em todo fundo de investimento, os cotistas são os que fazem seus aportes em fundos cambiais. Este tipo de fundo investe em títulos de moedas estrangeiras (e não diretamente na moeda), por meio de operações com derivativos.

Via de regra, 80% dos investimentos de um fundo cambial devem estar ligados à moeda estrangeira e variação cambial. O restante é aplicado em fundos de renda fixa e títulos mais conservadores.

No que se refere aos valores da aplicação, é importante deixar claro que há opções de fundos cambiais para investidores de diferentes portes. Outra questão relevante é que o fundo cambial acompanha as oscilações do dólar, mas o aporte e o resgate são feitos na moeda brasileira, o Real.

4. Fundos de investimentos

Além dos fundos cambiais, também existem fundos de investimentos com exposição ao mercado internacional, cujo investidor pode avaliar outros tipos de fundos que realizam aplicações atrelados ao dólar. 

Você pode considerar fundos com estratégia multimercado que incluem os investimentos em dólar, e em derivativos da moeda ou em ações de empresas estrangeiras no portfólio.

5. Derivativos

No derivativo, a aplicação é feita em dólar e outras moedas estrangeiras de forma um pouco mais indireta.  Os derivativos são instrumentos financeiros comumente usados pelos investidores para proteger suas operações, ou  até mesmo para lucrar no mercado. A rentabilidade do negócio é definida pelo valor de um ativo, no caso a moeda estrangeira, enquanto o investimento ocorre em outro objeto como título ou contrato. 

6. Fundos multimercados

Outra forma de investir em dólar é via fundos multimercados. Apesar de não ser um investimento exclusivamente em moedas estrangeiras, o fundo multimercado é uma modalidade flexível, que oferece uma carteira de investimentos composta por vários tipos de aplicações. 

Alguns investem não só em dólar, mas também em ações e títulos de outros países. A longo prazo, seu desempenho tende a ser melhor do que o de um fundo cambial, por exemplo. 

Conclusão

Vimos até aqui que o dólar pode ser uma alternativa para o investidor que quer usá-lo como uma proteção contra volatilidades. E pode ser considerada uma moeda extremamente forte, e um dos ativos de menor risco de crédito do mundo. Por ser um verdadeiro porto seguro das finanças, o dólar se torna uma opção de investimento bastante viável. 

Investir em dólar se torna uma boa alternativa para diversificar sua carteira. Além disso, se o objetivo for apenas este, o recomendado é aplicar até 5% uma vez que  o risco é alto.

Mas é importante destacar que é necessário avaliar os riscos e as complicações do cenário atual e de problemas geopolíticos, antes de fazer esse tipo de aplicação. 

Outro ponto a destacar é que nenhum dos investimentos têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Também é preciso se atentar ao prazo de aplicação. Sendo assim, para os investidores que pensam no curto prazo, investir em dólar não é muito indicado.

É sabido que, apesar de haver opções de investimento mais seguras que outras, todas possuem uma certa taxa de risco, por isso conhecer mais sobre o universo de investimentos é fundamental para minimizar os riscos o máximo possível.

A maioria dos investidores não estão preparados para lidar com as oscilações do mercado econômico. Os altos e baixos do mercado levam os investidores a fazer investimentos no momento errado e em ativos que podem não valer a pena em determinados momentos.

Por isso, nós aqui da INCO temos especialistas disponíveis para tirar suas dúvidas. Oferecemos um canal de comunicação simples, rápido, fácil para te orientar sempre que precisar.

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