Como se organizar financeiramente? Essa é uma dúvida comum na vida de quem quer sair do vermelho e recuperar o controle sobre suas finanças. Isso porquê a falta de planejamento é uma das principais questões que podem te levar a ter dificuldades para pagar contas, acumular dívidas, etc.
Por isso, neste artigo, vamos te dar dicas práticas para entender como se organizar financeiramente de maneira eficiente. Desde entender suas despesas até a criação de um plano de pagamento de dívidas, cada etapa é importante para que você possa equilibrar o orçamento de verdade.
Vamos começar?
Como se organizar financeiramente: conheça o passo a passo
Sempre temos que começar de algum lugar. Por pior que a sua situação financeira possa parecer, sempre há uma solução, porém, temos que fazer o processo passo a passo, tendo cuidado para realizar cada etapa com muita atenção.
Conheça a sua situação atual
O primeiro passo para se entender como se organizar financeiramente é conhecer e entender completamente sua situação atual. Isso envolve listar todas as fontes de renda e todas as despesas mensais, sejam elas fixas ou variáveis.
Anotar cada valor é muito importante para ter uma visão clara de quanto entra e quanto sai da sua conta todo mês. Nesse processo de se organizar financeiramente, essa análise deve incluir gastos básicos, como aluguel, alimentação e transporte, assim como despesas sazonais e eventuais, como presentes, consertos ou emergências.
Categorize as despesas
Com todas as informações em mãos, é importante categorizar essas despesas para se organizar financeiramente. Divida todas elas em essenciais e não essenciais, sendo que as essenciais são aquelas indispensáveis para a manutenção do seu dia a dia, como contas, e as não essenciais incluem lazer, refeições fora de casa, etc.
Quando você visualiza onde o dinheiro está sendo gasto, fica mais fácil identificar quais despesas podem ser cortadas ou ajustadas para criar uma margem maior.
Faça um orçamento mensal
Depois de organizar financeiramente e categorizar suas despesas, o próximo passo é estabelecer um orçamento mensal. O orçamento funciona como um guia para controlar os gastos e garantir que você não gaste mais do que ganha. Para isso, é necessário definir limites para cada categoria de despesa e respeitar esses limites de maneira séria. Se, por exemplo, o orçamento para lazer for de 10% da sua renda, é importante monitorar esses gastos ao longo do mês para não ultrapassar o valor estipulado.
Monitore os gastos
Outra parte essencial deste processo é monitorar os gastos com regularidade. Para isso, você pode usar qualquer mecanismo! Planilhas, aplicativos ou até mesmo um caderno para monitorar todos os seus gastos. Isso vai te ajudar não apenas a manter o controle do orçamento, como também criar mais consciência sobre os seus hábitos de consumo, o que permitirá ajustes mais rápidos sempre que necessário.
Crie metas de curto, médio e longo prazo
Por fim, criar metas financeiras de curto, médio e longo prazo pode te ajudar a manter o foco e a motivação para seguir o planejamento. Para isso, lembre-se sempre de definir objetivos específicos, como quitar uma dívida em seis meses, criar uma reserva de emergência em um ano, etc.
Essas metas vão te ajudar a orientar melhor que tipo de decisão você toma em relação ao seu dinheiro, e que tipo de disciplina você conseguirá ter para cumprir o plano estabelecido.
Como se organizar financeiramente para realizar suas metas
Identifique suas metas
Isso pode incluir objetivos de curto prazo, como comprar um novo eletrônico ou fazer uma viagem, e objetivos de longo prazo, como comprar uma casa ou planejar a aposentadoria. Definir essas metas com precisão ajuda a criar um plano financeiro que direciona suas ações e decisões.
Calcule o custo de cada meta
Uma vez que suas metas estão definidas, o próximo passo é calcular o custo associado a cada uma delas. Para metas de curto prazo, estime o valor total necessário e o prazo para conseguir. Por exemplo, se você quer viajar e viu que vai precisar juntar aproximadamente R$5.000 em um ano para conseguir, você precisa dividir esse valor pelo número de meses até a viagem para determinar quanto deve economizar mensalmente.
Para metas de longo prazo, como a compra de uma casa, o processo é semelhante, mas o cálculo pode envolver investimentos e poupanças em um horizonte de vários anos.
Revise seu orçamento e ajuste
Com as metas e os valores calculados, agora é hora de revisar seu orçamento e ajustar de acordo com as necessidades. Liste todas as suas receitas e despesas e determine quanto dinheiro você pode destinar para alcançar suas metas. Se você já tem um orçamento, pode ser necessário aumentar a porcentagem que você economiza para atingir seus objetivos mais rápido. Analise suas despesas e identifique áreas onde você pode reduzir gastos ou cortar despesas não essenciais para liberar mais recursos para suas metas.
Crie um plano de ação
Após ajustar seu orçamento, crie um plano de ação detalhado. Para metas de curto prazo, você pode precisar abrir uma conta poupança separada para essa finalidade específica. Isso ajuda a manter o dinheiro reservado e evita a tentação de gastar o que foi economizado para outro propósito. Para metas de longo prazo, considere opções de investimento que oferecem um bom retorno.
Monitore seu progresso
Monitore seu progresso mensalmente para verificar se está economizando conforme planejado e se está cumprindo os objetivos estabelecidos, e se você precisar, não tenha medo de fazer ajustes sempre que necessário pra se manter alinhado com as suas metas.
Como se organizar financeiramente para sair do vermelho?
Sair do vermelho é um objetivo que exige muita disciplina, planejamento e uma abordagem prática. Por isso agora, vamos te apresentar um passo a passo que você pode aplicar na sua realidade e finalmente conseguir parar de ter dificuldades com a vida financeira.
Vamos lá?
Faça um orçamento
O primeiro passo para sair do vermelho é criar um orçamento. O orçamento funciona como um mapa que te mostra para onde o seu dinheiro está indo e ajuda a definir limites para cada tipo de despesa. Já mencionamos que é importante começar registrando todas as suas fontes de renda e depois todas as suas despesas mensais, tanto as fixas, como as variáveis.
Depois, organize suas despesas em categorias e defina um limite de gastos para cada categoria. Para que o orçamento seja eficaz, esses limites devem ser realistas e adequados à sua situação financeira, e é importante acompanhar os gastos ao longo do mês para garantir que você está dentro dos limites estabelecidos. Se perceber que está ultrapassando o valor destinado a alguma categoria, faça ajustes em outras para compensar.
A criação de um orçamento também ajuda a identificar padrões de consumo e áreas onde você pode cortar gastos. Por exemplo, ao perceber que está gastando mais do que o necessário em entretenimento ou alimentação fora de casa, você pode ajustar esses gastos e direcionar essa economia para o pagamento de dívidas ou para aumentar sua reserva de emergência. A chave é fazer do orçamento uma ferramenta ativa, revisando ele regularmente e adaptando sempre que a sua situação financeira muda.
Estabeleça metas para economizar
Depois de criar um orçamento e entender para onde o dinheiro está indo, o próximo passo é estabelecer metas claras. Comece identificando quais são suas prioridades financeiras e seja específico sobre quanto deseja economizar e em qual período. E uma dica extra é dividir as metas em etapas menores, mensais ou semanais, isso ajuda a torná-las mais atingíveis e menos intimidantes.
Restrinja gastos
Após estabelecer as metas, o próximo passo é restringir os gastos. Esse processo envolve avaliar e ajustar suas despesas para garantir que o dinheiro seja utilizado de maneira mais eficiente e direcionado às suas prioridades financeiras.
Comece revisando as suas despesas, e use o orçamento criado anteriormente para identificar onde o dinheiro está sendo gasto, e analise suas despesas variáveis buscando oportunidades para economizar. Por exemplo, ao invés de viajar para destinos caros, buscar opções de lazer e entretenimento locais ou viagens mais econômicas, trocar marcas caras por alternativas mais acessíveis, etc.
Outra abordagem para restringir gastos é implementar um sistema de “compra consciente”. Antes de realizar qualquer compra, pergunte-se se o item é realmente necessário e se você pode adiar a compra. Isso te ajuda a evitar compras por impulso e garante que você esteja gastando apenas no que é essencial.
É importante também criar um fundo de emergência dentro do orçamento para cobrir imprevistos, o que pode ajudar a evitar que você precise recorrer a crédito ou endividamento para cobrir despesas inesperadas. Essa reserva deve ser mantida separada dos fundos destinados a outras despesas e economias para garantir que esteja disponível quando necessário.
Além disso, negocie suas contas sempre que possível. Uma dica interessante é contatar os prestadores de serviços para renegociar tarifas e condições. Muitos fornecedores estão dispostos a oferecer descontos ou ajustar condições para manter clientes, e isso te ajuda a economizar. Todo mundo ganha!
Evite gastos desnecessários
Um dos maiores vilões do processo de sair do vermelho são os gastos desnecessários e as compras por impulso. Para evitar esse tipo de gasto, desenvolva uma prática de esperar antes de fazer uma compra. Quando sentir o impulso de comprar algo, se dê um período para pensar, como 24 horas, para avaliar se a compra realmente é necessária. Muitas vezes, você descobrirá que o desejo inicial desaparece e a compra se torna desnecessária.
Planeje suas compras com antecedência e faça listas para evitar gastos impulsivos. Se você vai ao supermercado, por exemplo, faça uma lista de itens necessários e siga! Evite comprar itens que não estão na lista, mesmo que estejam em promoção, isso te ajuda a manter o foco no que é realmente necessário.
Por fim, embora cupons e ofertas possam ajudar, é importante usá-los de maneira estratégica. Evite comprar itens apenas porque estão em promoção, a menos que sejam realmente necessários. O foco deve ser em economizar dinheiro de maneira geral, não em gastar mais apenas porque há uma oferta disponível.
Fique longe de dívidas
A primeira coisa é evitar ao máximo o uso excessivo de cartões de crédito. O crédito deve ser utilizado de forma consciente, preferencialmente apenas para despesas planejadas e que você tem certeza de que poderá pagar integralmente no vencimento da fatura. Utilizar o crédito para gastos cotidianos, como compras de supermercado ou contas mensais, pode resultar em acúmulo de dívidas difíceis de quitar devido aos altos juros cobrados pelas administradoras de cartões. Além disso, se você usa cartão de crédito, é fundamental pagar a fatura completa a cada mês. Pagar apenas o valor mínimo pode fazer com que a dívida se acumule rapidamente devido aos juros compostos.
Em situações que demandem financiamento, opte sempre por alternativas com juros baixos e prazos que caibam no seu orçamento. Evite financiamentos de longo prazo com juros elevados, como os de veículos e eletrônicos, preferindo adiar a compra e poupar até conseguir pagar à vista ou encontrar opções com melhores condições de pagamento.
Se for inevitável contrair uma nova dívida, estabeleça limites claros para que isso não saia do controle. Avalie criteriosamente a real necessidade do gasto que causará a dívida e se certifique que o montante estará dentro do que você pode pagar sem comprometer seu orçamento. Planeje os pagamentos de modo que a dívida seja quitada o mais rapidamente possível, sem que acumule juros desnecessários.
Dívidas podem se acumular rapidamente se você começar a usar um crédito para pagar outro. Ao invés disso, concentre-se em pagar as dívidas existentes antes de assumir novas, priorizando o pagamento da dívida com a maior taxa de juros primeiro, enquanto realiza os pagamentos mínimos nas outras. Depois de quitar a dívida mais onerosa, passe para a próxima, e assim por diante.
Separe um valor para despesas anuais
Muitas vezes, as despesas anuais são negligenciadas na hora de planejar o orçamento, mas elas podem ter um impacto significativo nas finanças. Contas como IPTU, IPVA, seguros, matrícula escolar e gastos com manutenção periódica tendem a ser esquecidas no planejamento mensal, gerando surpresas desagradáveis e aumentando o risco de contrair novas dívidas. Para evitar isso, é importante criar uma reserva específica para essas despesas anuais.
Liste as despesas
Primeiro, comece listando todas as despesas que ocorrem uma vez por ano ou em intervalos maiores, como impostos, seguros, manutenção de veículos, despesas escolares, entre outras. Reúna todas essas informações em um único documento, como uma planilha ou aplicativo financeiro, para ter uma visão clara do total a ser pago ao longo do ano.
Some todas as despesas identificadas
Depois, some todas as despesas identificadas para calcular o valor total que precisará ser reservado ao longo do ano. Divida esse montante pelo número de meses até a próxima data de vencimento de cada despesa. Esse valor mensal deve ser considerado como uma “parcela” a ser poupada regularmente. Por exemplo, se o seguro do carro é R$ 1.200 e vence em 12 meses, reserve R$ 100 por mês.
Guarde esse valor
Posteriormente, abra uma conta poupança ou crie um fundo separado em seu banco para guardar o valor destinado a essas despesas anuais. Essa separação ajuda a garantir que o dinheiro não será utilizado para outros fins e estará disponível quando necessário. Escolha um tipo de conta que ofereça fácil acesso e, se possível, alguma rentabilidade, ainda que pequena, para proteger seu dinheiro da inflação.
Aproveite os descontos
Além disso, algumas despesas anuais oferecem descontos para quem paga antecipadamente. Se o fundo destinado a essas despesas estiver bem abastecido, aproveite essas oportunidades para economizar. Por exemplo, o pagamento antecipado de impostos, como o IPVA, muitas vezes vem com um desconto significativo, o que pode aliviar seu orçamento ao longo do ano.
Se atente as variações
Porém, se atente! Algumas despesas anuais podem variar de ano para ano, como a manutenção de veículos ou reformas em casa. Por isso, considere uma média dos anos anteriores ou acrescente uma margem de segurança no valor reservado para lidar com essas possíveis variações. Esse cuidado evita que você seja surpreendido com valores maiores do que o previsto.