Tecnologia e investimentos: é possível usar a tendência tecnológica para impulsionar o mercado financeiro?
A inovação tecnológica causou uma influência significativa em todos os setores nos últimos anos, mudando a forma como as empresas de diversos setores operam.
A terceirização dos negócios como bancos e instituições de investimento não ficou imune a essa mudança, com empresas de serviços financeiros implementando rapidamente novas soluções tecnológicas em seus modelos de negócios.
Uma pesquisa realizada pela FEBRABAN (2020), mostrou que os bancos aumentaram em 48% os investimentos em tecnologia.
Já no recorte da pandemia do COVID-19, as transações de Pessoa Física nos canais digitais chegaram a representar 74%.
Novas fronteiras tecnológicas, como a inteligência artificial, também têm sido exploradas pelas instituições financeiras, com foco na conveniência para o cliente e na oferta de novos modelos de atendimento.
Esse desenvolvimento abriu novas portas e estimulou a criação de um setor de serviços financeiros inteiramente novo – as fintechs, ou tecnologia financeira.
Agora, mais do que nunca, uma empresa deve considerar como pode capitalizar em tecnologia avançada para competir com sucesso na era digital.
Trouxemos, neste artigo, 5 principais tendências em tecnologia e investimentos que estão impulsionando o mercado financeiro.
5 tendências em tecnologia e investimentos que vão impulsionar o mercado financeiro
#1. Fintech
O dia em que os grandes bancos de investimento governavam o setor de serviços financeiros pode está chegando ao fim. As empresas Fintech estão revolucionando o funcionamento do setor. Fintech é um termo abrangente para qualquer tecnologia usada para aumentar, otimizar, digitalizar ou interromper os serviços financeiros tradicionais.
Uma pesquisa Fintech global conduzida pela PwC indicou dois pontos-chave aqui:
- 28% dos lucros estão em risco no setor bancário e de pagamentos devido à interrupção de empresas de fintech;
- 81% dos executivos-chefes de bancos de investimento se preocupam com o aumento de interrupções no futuro.
Nos últimos anos, tem surgido fintechs que oferecem aos clientes novas maneiras de gerenciar suas finanças e fazer pagamentos, ao mesmo tempo que oferecem às empresas a capacidade de agilizar as operações financeiras e eliminar fornecedores financeiros desnecessários.
Antes do surgimento dessas empresas, as grandes instituições financeiras dominavam esses fluxos de receita, mas agora estão enfrentando novas fontes de concorrência de empresas menores com foco em produtos e serviços específicos do setor.
O surgimento de fintechs de investimentos também teve um efeito benéfico no setor bancário, levando a um aumento nas parcerias entre bancos de investimento e empresas fintechs terceirizadas.
Leia mais sobre fintechs, o que são e como estão revolucionando o mercado.
#2. Blockchain
Desde o surgimento do Bitcoin como uma moeda viável (embora volátil) para muitos investidores, a tecnologia blockchain tem se tornado cada vez mais popular.
O setor de serviços financeiros está experimentando agora uma taxa maior de adoção da tecnologia blockchain que tem o potencial de estimular a redução de custos e aumentar a segurança.
Bancos e outras empresas adotaram formas de blockchain por duas razões específicas:
- Para substituir intermediários entre as transferências de fundos e, assim, reduzir custos;
- Para aumentar a segurança das transações, explorando o núcleo da tecnologia blockchain.
O benefício da segurança de blockchain é que ele pode reduzir o risco, eliminar a fraude e traz transparência de uma forma escalonável para uma infinidade de usos.
Saiba mais neste artigo que explica o que é blockchain e como funciona essa tecnologia.
#3. IA – Inteligência Artificial
Embora os serviços bancários e financeiros tendem a ser mais lentos para adotar novas tecnologias, um estudo da PricewaterhouseCooper confirma que a maioria dos tomadores de decisão de serviços financeiros está investindo em Inteligência artificial (IA).
Segundo a pesquisa, 52% dos executivos confirmaram que estão fazendo investimentos “significativos” em IA, enquanto 72% acreditam que será uma vantagem comercial.
Mas, como as instituições financeiras usam inteligência artificial? A maneira mais visível de o setor bancário usar a inteligência artificial (IA) é por meio do atendimento ao cliente com uso de chatbots e robôs. Muitas das maiores instituições financeiras usam IA para agilizar o atendimento ao cliente.
Outra maneira que a IA é usada para o cliente é implementada para facilitar o mobile banking que permite aos consumidores acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana, para realizar operações bancárias.
A IA também é fundamental na forma como as instituições financeiras aumentam a segurança e previnem e detectam fraudes.
A tecnologia ajuda as instituições financeiras com gerenciamento de risco e decisões de empréstimo e é fundamental para fazer com que funcionem outras tecnologias, como análise de Big Data, automação de processos robóticos e interfaces de voz.
#4. Big Data
Uma das maneiras de determinar a influência de uma tecnologia em um setor é observar como o setor está investindo nele.
O setor bancário é atualmente um dos principais investidores por setor em soluções de Big data e Business Analytics, de acordo com o Guia Semestral de Big Data e Analytics Spending da IDC.
A quantidade de dados gerados pelo setor financeiro, como transações de cartão de crédito, saques em caixas eletrônicos etc – é alta. E ser capaz de colocar esses dados em uso para tomar decisões de negócios e processá-los de forma eficaz para obter insights acionáveis será fundamental para se manter competitivo no futuro.
As instituições financeiras podem usar Big Data para aprender mais sobre:
- os clientes e ser capazes de tomar decisões de negócios em tempo real;
- os hábitos de consumo de um cliente;
- gerenciamento de vendas;
- segmentação de clientes para otimizar o marketing;
- vendas cruzadas de produtos;
- gerenciamento de fraude;
- avaliação de riscos e relatórios;
- análise de feedback do cliente.
A análise de Big Data não apenas ajuda a identificar tendências de mercado, mas também ajuda as instituições financeiras a otimizar processos internos e reduzir riscos.
#5. LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil traz um esclarecimento extremamente necessário ao arcabouço jurídico brasileiro. O LGPD tenta unificar os mais de 40 estatutos diferentes que atualmente regem os dados pessoais, tanto online quanto offline, substituindo certos regulamentos e complementando outros.
A LGPD se aplica a qualquer empresa ou organização que processe dados pessoais de pessoas no Brasil, independentemente de onde essa empresa ou organização esteja localizada.
Segundo artigo da Febraban, o “objetivo de uma regulamentação de proteção de dados pessoais é harmonizar as relações, aumentar o grau de transparência para fomentar a Livre Economia Digital. É estimular a inovação, a partir de regras claras e controles mínimos de segurança, para inclusive não sofrermos barreiras comerciais com outros países”.
Conclusão
Tecnologia e investimentos estão de mãos dadas! E temos visto que a transformação digital no setor bancário mudou a forma como os bancos e instituições financeiras operam e atendem seus clientes. E, como vimos antes, ele mudará ainda mais e se tornará cada vez mais personalizado com o tempo.
Os sistemas bancários tradicionais estão ficando no passado. Eles consomem uma quantidade significativa de tempo e requerem muita mão de obra. A execução de processos é tediosa. Isso sugere a necessidade de transformação digital para agilizar e facilitar as tarefas.
Sem esquecer como covid-19 mudou o cenário financeiro e cotidiano dos investidores. Com a imposição de bloqueios e a piora da segurança de nossa saúde, as pessoas adotaram o mobile banking e preferem realizar todas as atividades bancárias e de investimentos de forma simples, prática e sem sair de casa.
A solução para isso é, sem dúvida, a tecnologia. Sabendo disso, que tal aproveitar e conhecer a plataforma de financiamento coletivo que oferece até 15% de rentabilidade nos seus investimentos? Saiba mais aqui.