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Educação financeira pessoal: o que é e como começar?

  • Lislye Viana 
  • 12 min read

No cenário econômico atual, a educação financeira pessoal se tornou uma habilidade fundamental para garantir estabilidade e bem-estar ao longo da vida.

E apesar da sua importância, ela é muitas vezes negligenciada, e como resultado, muitas pessoas enfrentam dificuldades em lidar com dívidas esmagadoras, em economizar para metas de longo prazo, etc.

E é justamente nesse cenário que esse artigo pode te ajudar. Nele, vamos falar sobre o que é a educação financeira, e como você pode efetivamente começar o seu processo de aprendizado para garantir um futuro cada vez melhor e seguro.

Vamos lá?

O que é educação financeira pessoal?

A educação financeira pessoal não se resume à mera compreensão de números e moedas; é um conjunto de conhecimentos e habilidades para tomar decisões financeiras responsáveis, e no centro dessa abordagem está a busca pela compreensão de como o dinheiro funciona e qual é seu impacto na economia pessoal e global. 

Uma parte fundamental da educação financeira pessoal é a capacidade de administrar gastos e ganhos de forma eficiente. Isso inclui não apenas a criação e o acompanhamento de um orçamento, como também, a conscientização sobre um consumo mais consciente.

Além disso, a educação financeira pessoal também tem um papel importante na prevenção de armadilhas financeiras.

Compreender os diferentes tipos de dívida, suas taxas de juros e prazos de pagamento evita que você adquira empréstimos ou use cartões de crédito de maneira irresponsável.

Ademais, ela também te ajuda a entender melhor como investir seu dinheiro, construindo mais riqueza e patrimônio que você poderá aproveitar no futuro.

Porque a educação financeira pessoal é importante?

Em um nível pessoal, a educação financeira é uma ferramenta super útil para evitar o endividamento excessivo.

Pessoas educadas financeiramente são mais propensas a compreender as implicações de longo prazo de empréstimos e financiamentos e conseguem fazer escolhas mais conscientes sobre quando e como utilizar crédito, evitando o ciclo de dívidas que podem te afetar negativamente.

Ademais, a educação financeira pessoal te dá o conhecimento sobre diversos tipos de produtos e serviços financeiros, o que reduz a sua vulnerabilidade a esquemas fraudulentos, já que você consegue discernir entre oportunidades legítimas e armadilhas financeiras.

Tipos de educação financeira pessoal

A educação financeira pessoal pode ser compreendida a partir de diferentes abordagens que variam conforme os objetivos, os métodos de aprendizado e as necessidades individuais.

Algumas formas se concentram na gestão do orçamento cotidiano, enquanto outras abordam investimentos, planejamento de longo prazo e até questões comportamentais ligadas ao uso do dinheiro.

Básica

A educação financeira básica trata dos princípios fundamentais do controle financeiro. Isso inclui a organização do orçamento doméstico, acompanhamento de receitas e despesas, uso consciente do crédito e compreensão das taxas de juros.

Também abrange a construção de uma reserva de emergência e a importância de evitar endividamentos desnecessários.

Essa abordagem é essencial para quem deseja melhorar a administração dos recursos do dia a dia e evitar dificuldades financeiras causadas por falta de planejamento.

Para investimentos

Além do controle de gastos, a educação financeira voltada para investimentos foca na alocação eficiente dos recursos com o objetivo de rentabilizá-los ao longo do tempo.

Esse tipo envolve o conhecimento sobre diferentes produtos financeiros, como renda fixa, renda variável, fundos de investimento, previdência privada e ativos alternativos.

Também inclui conceitos de diversificação, risco e retorno, rentabilidade real e a importância do reinvestimento dos rendimentos.

Comportamental

A forma como o dinheiro é utilizado está diretamente ligada a fatores psicológicos e hábitos adquiridos ao longo da vida.

A educação financeira comportamental estuda os padrões de consumo, as emoções envolvidas nas decisões financeiras e os mecanismos que levam a escolhas impulsivas ou planejadas.

Técnicas para evitar compras por impulso, desenvolver disciplina para poupar e estabelecer metas financeiras realistas fazem parte dessa abordagem.

Para aposentadoria

O planejamento financeiro de longo prazo visa garantir estabilidade no futuro, especialmente no período da aposentadoria.

Isso inclui o cálculo do montante necessário para manter o padrão de vida desejado após a fase ativa de trabalho, escolha de instrumentos de acumulação de patrimônio e estratégias para retirada gradual dos recursos acumulados.

Além disso, envolve a preparação para custos imprevistos e a definição de sucessão patrimonial.

Para empreendedores

Empreendedores e profissionais autônomos possuem desafios específicos na gestão financeira, pois precisam equilibrar finanças pessoais e empresariais.

A educação financeira voltada para esse público aborda temas como fluxo de caixa, capital de giro, precificação de produtos e serviços, impostos e estratégias de reinvestimento no negócio.

Também envolve a escolha de regimes tributários e a análise da viabilidade econômica de novas oportunidades.

A educação financeira pode ser adquirida por meio de diversas fontes, como cursos, livros, consultorias e experiências práticas. A escolha do tipo mais adequado depende do momento de vida e dos objetivos financeiros de cada pessoa.

Como iniciantes podem começar sua educação financeira pessoal?

Agora que já entendemos melhor o que é educação financeira pessoal e qual a sua relevância, é hora de abordar como você pode começar a investir na sua. 

Economizar e evitar dívidas

Uma das primeiras etapas é aprender a economizar e evitar dívidas. Iniciantes podem começar identificando seus gastos regulares e criando um orçamento, já que ao monitorar as despesas, você consegue identificar áreas de corte ou ajustes para economizar.

Além disso, evitar dívidas de consumo impulsivas ou empréstimos de alto custo é importante, aliando esse processo ao entendimento da diferença entre dívidas boas e ruins.

Dívidas consideradas “boas” são aquelas que, quando usadas de forma estratégica, podem trazer benefícios financeiros ou melhorias a longo prazo.

Enquanto dívidas consideradas “ruins” são aquelas adquiridas para financiar despesas de consumo ou bens de depreciação, sem um potencial de retorno.

Planejamento financeiro

O planejamento financeiro é um pilar fundamental da educação financeira.

Iniciantes podem começar definindo metas financeiras claras, sejam elas de curto ou longo prazo, o que cria um senso de direção e propósito nas atividades financeiras. 

Portanto, para te ajudar a se organizar financeiramente, separamos esse vídeo para você:

Renegociação e amortização de dívidas

Para aqueles que já enfrentam dívidas, a renegociação e a amortização são estratégias muito importantes, não negligencie essa etapa!

Estabilidade financeira

Alcançar a estabilidade financeira requer a adoção de medidas inteligentes, e para quem está começando, criar um fundo de emergência é essencial.

Além disso, a diversificação de fontes de renda também contribui para uma maior estabilidade, justamente porque se para de depender apenas de um local para ganhar dinheiro.

Conhecimento

Livros sobre educação financeira

Recorrer a livros é uma ótima abordagem para aprimorar a educação financeira.

Existem vários sobre educação financeira escritos por especialistas no assunto que oferecem ideias interessantes sobre como gerenciar finanças, investir sabiamente e construir riqueza. 

Títulos como “Orçamento sem falhas” da orientadora financeira Nathália Rodrigues é um exemplo de leitura que pode te oferecer uma base sólida de conhecimento financeiro.

E para achar mais opções de leitura, confira esse vídeo que separamos para você:

Cursos gratuitos sobre educação financeira

Cursos do Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil oferece cursos online de educação financeira que abrangem diversos tópicos relacionados a finanças pessoais, consumo consciente, planejamento financeiro e investimentos.

O curso é autodirigido e está disponível gratuitamente no site oficial do Banco Central.

Curso de Finanças Pessoais FGV

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) oferece diversos cursos onlines e gratuitos sobre finanças pessoais, abordando temas como orçamento, endividamento, investimentos, planejamento de aposentadoria e muito mais.

O curso é ministrado por professores da FGV e está disponível no portal FGV Online.

Curso de Educação Financeira Serasa 

O Serasa Consumidor oferece um curso online de educação financeira  pessoal, que ajuda os participantes a compreenderem melhor como lidar com dinheiro, poupar, evitar dívidas e fazer escolhas financeiras inteligentes e está disponível no site do Serasa.

Aprendizado sobre investimentos

Tipos de investimentos

Existem diversos tipos de investimentos, cada um com suas características e finalidades.

Alguns dos principais incluem ações, títulos, fundos, imóveis, investimentos em renda fixa, renda variável, etc. Cada tipo de investimento tem suas próprias vantagens, riscos e potencial de retorno.

Diversificação de portfólio

Um dos princípios fundamentais do aprendizado sobre investimentos é a diversificação, ou seja, distribuir seus investimentos em diferentes classes de ativos para reduzir o risco.

Relação risco x retorno nos investimentos

O aprendizado sobre investimentos também envolve entender a relação entre riscos e retornos. Investimentos com potencial de retorno mais alto geralmente vêm com níveis mais elevados de risco e vice-versa.

Além disso, é importante avaliar sua tolerância ao risco e equilibrar sua carteira de investimentos de acordo com suas metas e perfil de investidor.

Horizonte de investimento

Outro aspecto chave é o horizonte de investimento, que se refere ao período durante o qual você planeja manter seus investimentos.

Portanto, tenha em mente se seus investimentos são de curto, médio ou longo prazo, para investir com qualidade.

Acompanhamento e rebalanceamento de carteira

O aprendizado sobre investimentos também inclui a compreensão de que suas escolhas de investimento não são estáticas.

Ademais, é importante acompanhar o desempenho de sua carteira regularmente e fazer ajustes quando necessário, e isso pode envolver a venda de investimentos que não estão indo bem e/ou a realocação de recursos para oportunidades melhores.

Assessoria financeira

Para aqueles que desejam orientação mais personalizada, buscar a ajuda de um assessor financeiro é uma opção.

Esses profissionais podem analisar sua situação financeira, entender suas metas e perfil de risco e oferecer recomendações de investimento adequadas.

Quais são os principais desafios da educação financeira pessoal?

A educação financeira pessoal enfrenta obstáculos que vão além da falta de conhecimento sobre orçamento, poupança e investimentos.

Dificuldades culturais, comportamentais e estruturais influenciam a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro.

Esses desafios afetam tanto pessoas que buscam equilíbrio financeiro quanto aqueles que tentam melhorar sua relação com o consumo e o planejamento de longo prazo.

Falta de formação financeira na educação formal

O ensino de conceitos financeiros ainda é limitado nas instituições de ensino.

Escolas e universidades raramente incluem disciplinas voltadas à gestão do dinheiro, o que faz com que muitas pessoas aprendam sobre o assunto apenas por experiência própria.

Ademais, esse cenário leva a decisões baseadas na tentativa e erro, aumentando a exposição a endividamento excessivo e dificuldades para poupar.

Influências comportamentais

Fatores emocionais e padrões de consumo afetam a administração financeira.

O desejo por gratificação imediata pode levar a decisões impulsivas, como compras não planejadas e uso inadequado do crédito.

Além disso, crenças adquiridas no ambiente familiar influenciam a forma como o dinheiro é administrado.

Algumas pessoas evitam lidar com finanças por receio ou falta de interesse, enquanto outras acreditam que investir é arriscado ou inacessível.

Endividamento

O crédito facilita o consumo, mas o uso inadequado pode comprometer a renda e limitar a capacidade de poupança.

Além disso, o acesso facilitado a cartões de crédito, financiamentos e empréstimos, combinado com a falta de planejamento, leva ao acúmulo de dívidas difíceis de quitar.

O desconhecimento sobre taxas de juros e o custo real do crédito também contribui para o problema.

Dificuldade em criar e manter hábitos de poupança

A construção de um hábito financeiro exige disciplina e constância.

Muitas pessoas enfrentam dificuldades para poupar porque não possuem metas claras, gastam toda a renda mensal ou acreditam que apenas grandes quantias fazem diferença.

A falta de planejamento para imprevistos também reduz a capacidade de manter reservas financeiras, o que pode gerar dependência de crédito em momentos de urgência.

Falta de planejamento

A preocupação com o presente muitas vezes impede a organização para o futuro. Planejar aposentadoria, investimentos e grandes projetos exige uma visão de longo prazo que nem sempre é priorizada.

Assim, a ausência desse planejamento resulta em dificuldades para manter o padrão de vida desejado no futuro, especialmente quando a renda principal diminui ou cessa.

Acesso limitado a informações confiáveis

A quantidade de conteúdo sobre finanças disponíveis em diferentes plataformas é ampla, mas nem sempre a informação é clara, acessível ou adequada às necessidades individuais.

Além disso, a diversidade de opiniões e estratégias pode gerar confusão e dificultar a escolha de um caminho adequado. Muitas pessoas não sabem onde buscar orientações confiáveis ou como filtrar as informações que se aplicam à sua realidade.

Superar esses desafios exige esforço contínuo, mudanças de hábitos e busca por conhecimento prático.

Assim, a adoção de estratégias simples, como acompanhar receitas e despesas, evitar dívidas desnecessárias e definir objetivos financeiros, contribui para uma administração mais eficiente dos recursos ao longo do tempo.

Conclusão

Portanto, a educação financeira pessoal nos dá a capacidade de gerenciar o dinheiro.

Entretanto, a busca pelo conhecimento financeiro não é apenas um meio de alcançar estabilidade econômica, mas também uma maneira de se controlar melhor a própria vida e criar um caminho de independência e bem-estar.

Além disso, através da compreensão dos princípios fundamentais da educação financeira, as pessoas podem construir uma base sólida para suas finanças pessoais, fortalecer a confiança e a autoestima, além de conseguir maior liberdade.

15 comentários em “Educação financeira pessoal: o que é e como começar?”

    1. Bom dia, Luciano.

      O investimento mínimo pela INCO realmente é a partir de 500 reais.

      Mas, se esse valor ficar acima do seu orçamento, te convidamos a continuar por perto e acompanhar nossos conteúdos aqui no blog. Estamos sempre buscando trazer informações que possam ajudar as pessoas que estão começando a investir. Adoraríamos te ajudar nessa jornada e poder contar com você como um investidor da INCO quando esse valor fizer sentido para você =)

  1. Ronaldo Adriano de Morais

    Boa noite… estou gostando muito de estar fazendo parte desse investimento na inco ,pq aonde eu me senti bem para fazer meus planos de investimento.

  2. Conteúdo curto mais muito proveitoso, já acendeu várias luzes diante dos meus olhos, gostei, muito bom, parabéns 👏👏👏

  3. Boa noite…. Sou uma iniciante porém tenho lido e estudado bastante… pena q ingressei muito tarde…. apesar que nunca é tarde pra começar kk
    Ja tenho 02 investimentos na INCO e espero aos poucos investir em mais alguns…. certa que no futuro terei um valor a receber para me ajudar em algo ou o que espero reinvestir..
    Grata

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