Com seu potencial inovador, as startups têm conquistado o interesse de investidores do mundo todo. No entanto, começar a investir nesse mercado demanda uma compreensão sólida das estratégias adequadas para maximizar as suas chances de sucesso.
E é isso que vamos te fornecer nesse artigo! Vamos te dar as principais bases e estratégias para começar a investir em startups, e ao final, você estará mais preparado para diversificar sua carteira nesse mercado com mais qualidade.
O que são startups?
Startups são empresas emergentes com um modelo de negócio escalável e baseado em tecnologia. Elas surgem com a missão de solucionar problemas do mercado por meio de produtos ou serviços inovadores, e o que as distingue das empresas tradicionais é a busca por um crescimento acelerado em pouco tempo.
Uma característica marcante das startups é a incerteza do ambiente em que operam. Geralmente, elas estão inseridas em setores altamente dinâmicos e competitivos, ou seja, enfrentam desafios constantes.
Nesse sentido, elas geralmente buscam por investimentos externos com relativa frequência, devido à natureza de crescimento rápido e à necessidade de dinheiro para expandir suas operações. Esses investidores que fornecem esse dinheiro para expansão, são conhecidos como “investidores-anjo” ou “venture capitalists”, e em troca desse financiamento, recebem participação acionária na empresa.
Como funciona o investimento em startups
Identificação e avaliação das oportunidades.
O primeiro passo para investir em startups é a indentificar e avaliar as oportunidades disponíveis. Quem geralmente se interessa em startups acompanha de perto o ecossistema empreendedor, participando de eventos e mantendo contato com incubadoras e aceleradoras. Por meio dessas interações, geralmente conseguem acesso a uma variedade de startups em diferentes estágios de desenvolvimento.
Processo de avaliação
Uma vez que uma oportunidade promissora é identificada, começamos um processo de avaliação. Isso envolve uma análise detalhada da startup, incluindo a avaliação da equipe, modelo de negócio, mercado-alvo, potencial de crescimento e concorrência. Além disso, quem está buscando investir deve considerar aspectos legais, financeiros e de propriedade intelectual relacionados à startup.
Negociação dos termos
Com base na avaliação, o investidor decide se quer ou não investir. Caso queira, são negociados os termos e as condições do investimento, que podem envolver aquisição de ações, acordos de governança, participação nos lucros, etc.
Acompanhamento
Uma vez que o investimento é realizado, o investidor busca acompanhar de perto o progresso da startup. Isso pode envolver a participação em reuniões regulares, fornecimento de orientação e mentoria, bem como suporte em networking e dinheiro adicional, uma vez que o sucesso da startup aumentará, em consequência, o valor da sua participação acionária.
O investimento em startups também tem um horizonte temporal específico. Geralmente, os investidores esperam que a startup alcance um ponto de inflexão, como uma rodada de financiamento nova ou uma aquisição por uma empresa maior. Nesse momento, o investidor pode vender sua participação e ter retorno sobre o investimento.
Principais formas de investir em startups
Investidores-Anjo
Os investidores-anjo desempenham um papel fundamental no apoio às startups em estágios iniciais. Esses investidores são geralmente empresários ou pessoas de alta renda, com interesse em investir em novos empreendimentos promissores. Eles oferecem o que chamamos de capital semente, e em troca, adquirem uma participação acionária que não se limita apenas ao aspecto financeiro, mas também, envolve conhecimento, experiência e rede de contatos para apoiar o desenvolvimento da startup.
Aceleradoras e incubadoras
As aceleradoras e incubadoras fornecem um ambiente estruturado e recursos importantes para impulsionar o desenvolvimento e aprimoramento das empresas. Elas geralmente selecionam startups promissoras por meio de programas e oferecem suporte durante um período específico.
Durante esse período, as startups recebem dinheiro inicial, mentoria, orientação estratégica e acesso a uma rede de contatos interessante. Além disso, elas têm acesso a espaço de escritório compartilhado, infraestrutura tecnológica e recursos adicionais, como laboratórios, estúdios de produção ou equipamentos especializados, dependendo da incubadora/aceleradora.
Elas também fornecem um ambiente de colaboração, onde as startups podem interagir e aprender umas com as outras, além de receber feedback de especialistas e investidores. Ademais, por meio desses programas, as startups têm a oportunidade de validar sua proposta de valor, refinar seu modelo de negócios e obter visibilidade no mercado.
Crowdfunding
O crowdfunding é uma forma de financiamento coletivo em que um grande número de pessoas contribui com pequenas quantias para apoiar um projeto ou startup. A popularidade do crowdfunding aumentou significativamente com o surgimento de plataformas online dedicadas a conectar empreendedores e investidores, como a INCO.
Essa forma de investimento permite que indivíduos invistam em startups com valores acessíveis, democratizando o acesso ao investimento em empresas emergentes. Os investidores interessados podem escolher projetos nos quais desejam investir e contribuir com quantias de acordo com suas preferências e possibilidades.
Em troca de seu investimento, os apoiadores podem receber diferentes formas de recompensa, como produtos ou serviços exclusivos, brindes personalizados ou até mesmo participação acionária na startup.
O crowdfunding é uma maneira de as startups envolverem diretamente seus futuros clientes e criar uma base de fãs e defensores antes mesmo de lançarem seus produtos ou serviços no mercado. Além do financiamento, o crowdfunding também oferece a oportunidade de validar a demanda e a aceitação do mercado, fornecendo às startups um indicativo inicial de seu potencial de sucesso.
Venture Capital
O capital de risco, ou venture capital, é uma forma de investimento em startups que envolve a alocação de capital por parte de fundos de investimento especializados. Esses fundos visam investir em empresas com potencial de crescimento acelerado, e esses investimentos geralmente acontecem em estágios posteriores de desenvolvimento da startup, quando já há um produto ou serviço no mercado e a empresa está pronta para expandir sua operação.
O investimento de venture capital é considerado um passo significativo na trajetória de uma startup, já que não apenas fornece capital, mas também validação e credibilidade no mercado.
Como avaliar uma startup na hora de investir
Para investir em uma startup, é essencial analisar os elementos-chave que compõem a empresa e determinar se ela tem os atributos necessários para ser um investimento promissor. Embora cada investidor tenha suas próprias preferências e critérios de avaliação, existem algumas características que são geralmente consideradas importantes no processo de tomada de decisão.
Proposta de valor
Primeiramente, uma startup deve ter uma proposta de valor clara e diferenciada. Isso significa que ela deve oferecer um produto ou serviço único, com características ou benefícios exclusivos que a diferenciem dos concorrentes existentes. A inovação é um fator-chave nesse aspecto, pois startups que trazem novas soluções para problemas existentes ou abordam necessidades não atendidas têm maior potencial de conquistar um mercado e gerar retorno para os investidores.
Equipe fundadora
Além disso, é importante avaliar a equipe fundadora da startup. Os empreendedores por trás do negócio desempenham um papel fundamental no sucesso da empresa, já que uma equipe fundadora sólida e coesa pode se adaptar às mudanças do mercado e tomar decisões estratégicas rapidamente para acelerar o crescimento do negócio.
Tração da startup
Por fim, é interessante avaliar a tração da startup até o momento. Isso inclui analisar se a empresa já conquistou clientes, gerou receitas, recebeu feedback positivo do mercado ou conquistou parcerias estratégicas. Isso é um indicador de que ela está progredindo e pode reduzir o risco associado ao investimento.
Vantagens de se investir em startups
Potencial de retorno
Uma das principais vantagens é o potencial de alto retorno financeiro. Startups bem-sucedidas têm o potencial de crescer rapidamente e gerar retornos substanciais para os investidores. Além disso, como essas empresas estão em estágios iniciais de desenvolvimento, existe a oportunidade de adquirir participações acionárias a preços mais baixos em comparação com empresas estabelecidas.
Se a startup tiver sucesso em sua jornada, o valor dessas participações pode se multiplicar várias vezes, proporcionando um retorno alto sobre o investimento inicial.
Envolvimento em projetos inovadores
Além do potencial de retorno financeiro, investir em startups também oferece a oportunidade de estar envolvido em projetos e ideias inovadoras. Startups são conhecidas por sua abordagem disruptiva e capacidade de solucionar problemas de maneira criativa, e ao investir nessas empresas, você pode fazer parte dessa jornada, apoiando e impulsionando a inovação.
Diversificação do portfólio
Outra vantagem é a possibilidade de diversificação do portfólio. Investir em startups permite aos investidores diversificar suas carteiras para além dos investimentos tradicionais, como ações e títulos, o que ajuda a reduzir o risco geral e potencialmente melhorar os retornos no longo prazo.
Desvantagens de se investir em startups
Alto risco
Startups são empresas em estágio inicial, muitas vezes com modelos de negócios não testados e incertos. A taxa de falha é geralmente alta nesse estágio, e a maioria das startups não consegue atingir o sucesso esperado. O que significa que existe um risco considerável de perda total ou parcial do capital investido, e que se requer uma tolerância maior e a compreensão de que nem todas as empresas terão êxito.
Falta de informações
Outra desvantagem é a falta de informações e transparência. Diferentemente das empresas estabelecidas que são obrigadas a divulgar informações financeiras e operacionais de forma regular, as startups podem ter informações limitadas disponíveis publicamente. Isso dificulta a avaliação adequada do desempenho e da saúde financeira da startup. Os investidores podem ter que confiar nas informações fornecidas pelos empreendedores, o que pode ser um desafio, pois nem sempre essas informações são totalmente objetivas ou precisas.
Maior envolvimento
Além disso, investir em startups geralmente requer um maior envolvimento ativo por parte dos investidores. Ao contrário de investimentos em ações ou títulos, onde os investidores podem simplesmente comprar e vender ativos, investir em startups muitas vezes exige a participação na tomada de decisões estratégicas, orientação e suporte para a empresa.
Conclusão
Investir em startups requer uma abordagem cuidadosa e uma compreensão clara dos riscos envolvidos. Ao considerar estratégias é fundamental realizar pesquisas, analisar as formas de investimento disponíveis e buscar orientação de profissionais qualificados.
Ao seguir essas estratégias você estará melhor preparado para começar a investir em startups. Que embora haja riscos envolvidos, pode proporcionar oportunidades emocionantes e lucrativas para aqueles dispostos a assumir o desafio.