Este guia completo foi elaborado para ajudar você a entender os ativos digitais, suas tecnologias, regulamentações e formas de investir com segurança no Brasil.
📌 Última atualização: junho de 2025
💰 Cotação do Bitcoin (BTC): R$ 596.534,09
💰 Cotação do Ethereum (ETH): R$ 13.343,47
Fonte: CoinMarketCap
O que são ativos digitais?
Ativos digitais são representações de valor que existem exclusivamente em formato eletrônico. Diferentemente de ativos tradicionais, eles não têm presença física nem dependem de intermediários financeiros.
Assim, sua existência é viabilizada por tecnologias como a blockchain, que funciona como um registro descentralizado e imutável de transações. Isso permite que transferências e armazenamentos de valor sejam feitos de forma autônoma, segura e transparente.
Além disso, a Lei nº 14.478/2022, vigente desde dezembro de 2022, define ativo virtual como uma representação digital de valor que pode ser transferida ou comercializada por meios eletrônicos, com usos tanto em pagamentos quanto como forma de investimento.
No entanto, a legislação exclui da categoria de ativos virtuais:
- Moedas (nacionais ou estrangeiras);
- Moeda eletrônica regulada pela Lei nº 12.865/2013;
- Programas de fidelidade (como milhas e pontos);
- Ativos financeiros e valores mobiliários regulados por leis específicas.

Como funcionam os ativos digitais?
Blockchain: o motor do sistema
A blockchain registra as transações de forma cronológica e pública, o que garante transparência, segurança e rastreabilidade.
Assim, essa rede é sustentada por mecanismos de consenso como o Proof of Work (PoW) e o Proof of Stake (PoS), que validam as transações sem necessidade de uma autoridade central.
Contratos inteligentes
Os contratos inteligentes são códigos autoexecutáveis que formalizam acordos automaticamente assim que certas condições são atendidas.
Além disso, são amplamente usados em blockchains como a do Ethereum para aplicações financeiras descentralizadas (DeFi).
Interoperabilidade e escalabilidade
Com o crescimento dos ativos digitais, a interoperabilidade entre diferentes blockchains se torna essencial para viabilizar trocas e integrações entre ecossistemas.
Entretanto, a escalabilidade é um desafio técnico ainda em desenvolvimento, com soluções como sharding e sidechains sendo testadas.
O que diz a regulamentação brasileira?
O Banco Central lidera o processo de regulamentação dos ativos digitais no país. Algumas das ações em andamento incluem:
- Nova consulta pública prevista para o segundo semestre, com foco na atuação dos prestadores de serviço (VASPs);
- Planejamento para regulação de stablecoins, especialmente no contexto de pagamentos e câmbio;
- Desenvolvimento de normas sobre governança, tarifas, prestação de informações e suitability (adequação ao perfil do cliente).
Importante: A atuação como prestador de serviços de ativos digitais (PSAV) no Brasil exige autorização prévia do Banco Central, conforme o Marco Legal das Criptomoedas (Lei nº 14.478/2022).
Assim, a regulamentação está em fase de desenvolvimento, e as empresas interessadas devem aguardar a publicação das normas definitivas e o início efetivo do processo de autorização.

Tipos de ativos digitais
Criptomoedas
O Bitcoin é a primeira e mais conhecida criptomoeda, amplamente considerada uma reserva de valor digital. Já o Ethereum se destaca por permitir a criação de contratos inteligentes e tokens diversos.
🎥 Assista: Criptomoedas – o que são e como funcionam
Tokens
Os tokens representam ativos digitais com funções específicas:
- De utilidade: usados para acessar produtos ou serviços;
- De segurança: representam ativos financeiros tokenizados, como ações;
- De governança: conferem poder de decisão em projetos descentralizados.
Ativos tokenizados
São representações digitais de bens físicos como imóveis ou obras de arte. Eles viabilizam propriedade fracionada e maior liquidez, permitindo que mais investidores tenham acesso a ativos antes restritos.
Quais são as vantagens dos ativos digitais?
- Liquidez e acessibilidade: negociação global e contínua, 24/7.
- Descentralização e segurança: registros imutáveis e resistentes a fraudes.
- Potencial de valorização: oportunidades de ganho em mercados emergentes.
- Diversificação da carteira: ou seja, baixa correlação com ativos tradicionais.
- Eficiência operacional: menos burocracia e custos com intermediação.
E as desvantagens dos ativos digitais?
- Alta volatilidade: ganhos e perdas expressivos em curto prazo.
- Ambiente regulatório incerto: ou seja, ausência de regras claras em muitos países.
- Riscos tecnológicos: falhas em plataformas, contratos e segurança.
- Baixa adoção: desconfiança, desconhecimento e barreiras culturais.
- Complexidade técnica: difícil compreensão por iniciantes.
- Dependência de inovação: evolução contínua da tecnologia é essencial.
Como investir em ativos digitais com segurança?
Mesmo sem ser uma plataforma especializada em ativos digitais, a B3 já oferece algumas alternativas viáveis e regulamentadas no Brasil:
- Contratos futuros de Bitcoin: aprovados pela CVM e disponíveis desde abril.
- ETFs de criptomoedas: mais de 13 opções listadas para quem busca diversificação.
🎥 Entenda como investir com segurança
Próximos passos
Portanto, se você quer aprofundar seu conhecimento e avaliar suas opções com mais segurança:
➡️ Leia também: [ETF: O que é e como funciona esse investimento?]
➡️ Conheça nosso conteúdo sobre [Como investir em criptomoedas: um guia passo a passo]
➡️ Explore nosso glossário de termos como blockchain!
Conclusão
Assim, este guia procurou mostrar o funcionamento, as vantagens e os riscos dos ativos digitais. Trata-se de um campo em expansão, com potencial de transformação, mas que exige atenção constante a mudanças regulatórias e tecnológicas.
Além disso, acompanhar fontes confiáveis e manter-se atualizado é o melhor caminho para tomar decisões de investimento mais seguras e bem-informadas.
