Casas, apartamentos, salas comerciais, shopping centers e muito mais: os imóveis sempre foram um dos tipos de investimento mais tradicionais e populares do mundo, sendo há séculos uma das melhores opções possíveis para investir o seu dinheiro.
Os imóveis são ativos especiais em diversos sentidos. Um título público, por exemplo, não é algo que você possa usufruir no seu dia a dia, ao contrário de uma casa. Ainda, os imóveis tendem a se valorizar todo ano, diferentemente dos carros, que são bens que você pode usufruir, mas que desvalorizam cada vez mais após saírem de fábrica.
Ou seja, o investimento em imóveis tem um benefício duplo: a possibilidade de usufruir daquele bem, fazendo dele o seu lar, por exemplo, além de um retorno crescente, bastante acima do que as rendas fixas podem oferecer hoje em dia.
Então, se você quer saber se vale a pena investir em imóveis agora e como fazer isso da maneira mais lucrativa e segura possível, este texto é para você! Continue com a gente e descubra tudo que precisa saber antes de começar a investir no mercado imobiliário.
Vamos lá?
Quando vale a pena investir em imóveis?
A primeira coisa a saber antes de realizar um investimento em imóveis é entender que essas são aplicações de longo prazo. Ter isso sempre em mente facilita todo o processo de avaliação dos investimentos.
Por exemplo, por ser um investimento de longo prazo, um indicador extremamente importante para a construção e aquisição de imóveis é a taxa de juros básica da economia, a Selic.
Imóveis são bens de alto valor agregado, exigindo muitas vezes um financiamento parcial ou completo do empreendimento. Esse financiamento fica mais barato para quem compra quando a taxa de juros cai.
Em outras palavras, investir em imóveis se torna mais vantajoso quando a taxa Selic está baixa. Existe um outro fator, também relacionado à taxa Selic mais baixa, que beneficia o investimento em imóveis. Quando a Selic cai, ela reduz os rendimentos de renda fixa através do Tesouro Direto, uma das modalidades de investimento mais populares e seguras do Brasil.
Com o Tesouro Direto menos rentável, os investimentos de maior risco e rentabilidade se tornam mais atrativos. Mas quando a economia está passando por uma grande turbulência, ativos como ações e fundos de mercado se tornam arriscados demais. É aí que entra o investimento em imóveis.
Nos momentos de volatilidade econômica, os imóveis oferecem o equilíbrio perfeito de segurança e rentabilidade. Ao mesmo tempo em que oferecem um potencial de lucro muito superior às rendas fixas, os imóveis são também muito mais seguros nos momentos de crise econômica do que o mercado de ações, cujos ativos ficam expostos à variações extremas.
Por isso, se você tem um dinheirinho guardado e quer vê-lo em um investimento seguro e rentável, investir em imóveis pode ser uma das melhores opções possíveis neste momento.
Como fazer um investimento em imóveis?
O mercado imobiliário sempre foi o queridinho dos brasileiros. Para muitos, é a melhor maneira de criar um patrimônio e garantir um futuro para seus filhos e netos. Para outros, é o sonho de ter uma casa própria e largar de vez o aluguel. E há, também, aqueles que só querem um rendimento maior do que a poupança pode oferecer (que não é muito).
Seja qual for o seu objetivo, tenha certeza de que existe uma opção ideal esperando por você: hoje, são muitas as maneiras de investir em imóveis, e agora nós vamos apresentar algumas das principais delas.
Comprar o imóvel direto com proprietário
Essa é a opção mais clássica de todas, mas isso não quer dizer que é a mais simples. Comprar um imóvel diretamente com o seu proprietário atual pode até ser mais barato no primeiro momento, pois você evita as taxas da corretora, por exemplo. Mas é preciso tomar cuidado, pois essa economia inicial pode sair bem cara no futuro.
Primeiramente, para fazer uma boa compra diretamente com o proprietário, você precisa ter bastante conhecimento sobre o mercado imobiliário, já que estará por contra própria. Além disso, adquirir um imóvel desta forma envolve uma burocracia enorme, que pode render grandes dores de cabeça.
É extremamente importante também ficar muito atento aos possíveis riscos de uma transação como essa. Olhar cada canto do imóvel para avaliar se suas condições estão condizentes com o preço. Investigar se o proprietário possui dívidas ou processos que possam levar à perda do bem no futuro, além de avaliar sua própria capacidade de financiar o imóvel.
Fundos de Investimento Imobiliários
Os Fundos de Investimento Imobiliários, ou FIIs, têm ganhado grande notoriedade nos últimos anos. Eles contam com duas grandes vantagens em relação à compra direta do imóvel com uma construtora ou outro proprietário.
A primeira grande vantagem dos FIIs é que o investidor que compra uma cota do fundo não precisa se preocupar com a manutenção dos imóveis, tampouco com as cobranças dos aluguéis.
Quem já possui um imóvel sabe bem o desgaste físico, emocional e até financeiro que são requeridos para manter o bem ocupado e em boas condições. Não ter que se preocupar com tudo isso é um ponto importante, portanto precisa ser contabilizado na hora de tomar uma decisão de compra.
A segunda grande vantagem dos Fundos de Investimento Imobiliário é que seus rendimentos podem ser isentos do IR, o Imposto de Renda. Contudo, são necessárias algumas condições um pouco específicas para se enquadrar nessa isenção. Ela também se aplica apenas à distribuição dos rendimentos, portanto não envolve os ganhos com a venda das cotas.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
A Letra de Crédito Imobiliário, também conhecida como LCI, funciona de um jeito um pouco diferente dos FIIs. Nesse caso, o investidor empresta seu dinheiro para uma instituição financeira, como um banco.
Essa instituição, então, utiliza recursos de diversas fontes diferentes para financiar projetos no setor imobiliário. O investidor que empresta para a instituição financeira recebe o seu dinheiro de volta, acrescido de juros, após o término da obra.
Contudo, as LCIs não possuem boa liquidez: apesar de poder resgatar seus recursos antes do tempo previsto no contrato, os seus rendimentos provavelmente serão nulos nesse caso.
Além disso, as LCIs costumam exigir tickets de entrada maiores do que outras opções de investimento em imóveis, sendo portanto menos acessíveis.
Crowdfunding imobiliário
O crowdfunding imobiliário é uma das maneiras mais inovadoras de se investir em imóveis. O financiamento coletivo online, ou crowdfunding, já fazia sucesso no Brasil em plataformas como Kickstarter e Catarse, sendo muito utilizado para financiar novas empreitadas, filmes, jogos, projetos sociais, entre outros.
Mas o crowdfunding voltado para a aquisição de imóveis só começou a existir há pouquíssimo tempo. A ideia é simples: um grupo de investidores contribui com uma parte do orçamento de um novo empreendimento e recebe um papel de valor fixo. Ao término do projeto, ele recebe de volta o valor integral investido mais o pagamento de juros.
Esse modo de funcionamento do crowdfunding imobiliário pode até lembrar um pouco os FIIs, mas existem diferenças cruciais entre eles. A diferença mais importante neste momento é o fato de que, nos Fundos de Investimento Imobiliários, o valor da cota do investidor está sujeita às oscilações do mercado, enquanto o papel do crowdfunding imobiliário tem valor fixo.
Isso significa que, em períodos de depressão econômica, a cota dos FIIs podem sofrer grandes perdas, ao passo em que o papel do crowdfunding garante a rentabilidade do investidor, pois ele mantém o seu valor fixo original a despeito da turbulência nos mercados.
Por que o crowdfunding imobiliário veio para ficar?
O crowdfunding imobiliário conta com algumas grandes vantagens em relação à formas alternativas de investir em imóveis. A primeira delas é o ticket de entrada: com o crowdfunding imobiliário, você pode começar a investir em imóveis com apenas R$1000.
Em compensação, a maioria dos LCIs exigem aplicações mínimas de R$5000 a R$10000. A compra de imóveis diretamente com o proprietário, então, exige entradas muito maiores, a depender do valor do bem em questão.
A rentabilidade é mais um fator importante: enquanto os FIIs costumam ter um rendimento entre 0,6% e 0,7% ao mês, o crowdfunding imobiliário pode atingir um valor mensal de 1,5%, ou seja, um rendimento até 250% maior. Outra diferença entre ambos é que o crowdfunding permite que o investidor diversifique sua carteira, reduzindo os riscos da sua aplicação em tempos de crise econômica.
Além disso, muitos FIIs e LCIs contam com taxas de gerenciamento. Já o crowdfunding imobiliário não possui gerente, portanto não cobra nenhuma taxa e te dá muito mais autonomia para escolher seus investimentos.
Portanto se você quer investir em imóveis com segurança e rentabilidade, diversificando seus investimentos e reduzindo o risco, o crowdfunding imobiliário é a opção certa para você.