O conceito de breakeven é importante para qualquer negócio que busca entender sua saúde financeira. Este “ponto de equilíbrio”, onde receitas e despesas se igualam, indica que a empresa não está tendo lucro nem prejuízo!
Por isso, compreender esse conceito é o primeiro passo para avaliar a viabilidade de um empreendimento.
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Breakeven: o que é?
O termo “breakeven” é o ponto de equilíbrio financeiro de um negócio, onde a receita gerada pelas vendas é exatamente igual aos custos totais, resultando em um lucro zero. A partir do momento em que a empresa atinge o breakeven, ela começa a gerar lucro, e antes desse ponto, ela opera com prejuízo.
Além do ponto de equilíbrio de vendas, existem outras variações do conceito que podem ser úteis. Por exemplo, o breakeven financeiro leva em consideração não apenas os custos operacionais, mas também os financeiros, como juros sobre empréstimos. O breakeven de caixa considera só os custos que afetam o fluxo de caixa, excluindo depreciação, etc.
Mas, para compreender plenamente o breakeven, é importante distinguir entre os diferentes tipos de custos que uma empresa enfrenta.
Custos fixos
São aqueles que não variam com o nível de produção ou vendas, como aluguel, salários de funcionários fixos, seguros e despesas administrativas.
Custos variáveis
Já os custos variáveis mudam com o volume de produção, como matérias-primas, comissões de vendas e custos de embalagem.
Qual a importância do Breakeven?
Geralmente empresas usam essa informação para definir metas de vendas, ajustar preços de produtos, e controlar custos de produção. Sabendo exatamente quantas unidades precisam ser vendidas para cobrir os custos, a administração pode planejar ações mais eficazes para atingir o breakeven.
Além disso, o breakeven é um indicador importante tanto para investidores quanto para credores. Para credores, o indicador serve para avaliar o ponto de equilíbrio de uma empresa para considerar conceder empréstimos ou investimentos. Já para os investidores, um breakeven bem definido demonstra a capacidade da empresa de gerar receitas suficientes para sustentar suas operações, crescer e proporcionar lucros interessantes no longo prazo.
Em mercados competitivos, conhecer o breakeven pode te dar uma vantagem, já que empresas que entendem bem os seus custos e margens podem ajustar suas estratégias de precificação para se manterem competitivas e lucrativas.
Entretanto, para maximizar a utilidade do breakeven, é importante revisitar e recalcular regularmente esse indicador, especialmente quando acontecem mudanças nos custos ou nas condições de mercado.
Breakeven x Payback
O breakeven, como já falamos, é o momento em que as receitas de uma empresa vão se igualar aos seus custos totais, resultando em lucro zero. Além disso, como também já mencionamos, é um conceito usado para entender quando um negócio ou um projeto começa a ser autossustentável.
Por outro lado, o payback é o tempo necessário para recuperar o investimento inicial feito em um projeto ou empresa. É uma medida de liquidez e risco que indica o período em que o investimento se paga. Para calcular o payback, se soma o fluxo de caixa anual até que o valor total iguale o investimento inicial. Por exemplo, se uma empresa investe R$ 100.000 em um novo projeto que gera um fluxo de caixa de R$ 25.000 por ano, o payback será de quatro anos.
Diferenças entre breakeven e payback
Apesar de ambos os conceitos se voltarem para a análise de custos e receitas, suas aplicações são bem diferentes. O breakeven é útil para avaliar a viabilidade de uma empresa e ajuda a determinar o volume mínimo de vendas necessário para evitar prejuízos. Ele é usado geralmente em planejamentos estratégicos, precificação de produtos e controle de custos.
Já o payback é mais focado na avaliação de investimentos e projetos de capital. Ele é particularmente útil para investidores e gestores que precisam decidir entre diferentes oportunidades de investimento. Isso é fácil de compreender no sentido de que: um período de payback mais curto é geralmente preferido, já que significa que o capital investido será recuperado mais rapidamente, reduzindo o risco do investimento. No entanto, o payback tem suas limitações, porquê não considera o valor do dinheiro no tempo nem os fluxos de caixa que ocorrem após o período de payback.
Uma das principais diferenças entre breakeven e payback está na sua perspectiva temporal. O breakeven é uma medida estática, focada em um ponto específico em que as receitas igualam os custos, não levando em consideração o tempo necessário para atingir esse ponto, apenas o volume de vendas necessário. O payback, por outro lado, é uma medida dinâmica, que considera o período total necessário para recuperar o investimento inicial.
Outra diferença é a forma como cada conceito trata os custos. O breakeven se concentra em custos fixos e variáveis e como eles são cobertos pelas receitas. Já o payback foca nos fluxos de caixa resultantes de um investimento, sem necessariamente distinguir entre diferentes tipos de custos.
Como escolher entre usar o breakeven ou payback?
Essa escolha depende do objetivo da análise. Se a intenção é entender a viabilidade operacional e determinar o volume de vendas necessário para evitar perdas, o breakeven é a ferramenta adequada. Porém, se o objetivo é avaliar o tempo necessário para recuperar um investimento e entender os riscos associados, o payback é mais interessante.
Além dessas aplicações principais e decorrentes da lógica que explicamos, os conceitos podem ser usados em conjunto para fornecer uma visão mais abrangente da saúde financeira de um negócio ou projeto. Por exemplo, uma empresa pode usar o breakeven para garantir que as suas operações diárias são viáveis e o payback para avaliar a recuperação de investimentos em novos projetos. Essa abordagem vai permitir uma gestão financeira mais informada.
Limites do breakeven e do payback
Como mencionamos, o breakeven não considera o tempo, o que pode ser uma desvantagem em mercados voláteis ou em projetos com fluxos de caixa irregulares. O payback não considera o valor do dinheiro no tempo e pode ignorar fluxos de caixa significativos que acontecem depois do período de recuperação.
Para uma análise mais completa, pode ser interessante complementar essas ferramentas com outras como Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR).
Como calcular o Breakeven do seu negócio?
O cálculo do breakeven é feito se dividindo os custos fixos totais pela margem de contribuição por unidade, que é o preço de venda unitário menos o custo variável por unidade. Essa fórmula simples ajuda a determinar a quantidade mínima de unidades que precisam ser vendidas para cobrir todos os custos da operação.
Custo fixo / (Valor da venda do produto – Custo Variável da venda do produto)
Por exemplo, se uma empresa tem custos fixos de R$ 50.000,00 por mês, vende seu produto a R$ 100,00 cada e o custo variável por unidade é de R$ 40,00, a margem de contribuição por unidade será de R$ 60,00. Dividindo os custos fixos pela margem de contribuição, a empresa vai descobrir que precisa vender aproximadamente 834 unidades por mês para atingir o breakeven.
Breakeven = 50.000,00/(100,00 – 40,00)
50.000,00/(100,00 – 40,00)
= 50.000,00/60
Breakeven = 834
Como conquistar uma empresa financeiramente sustentável?
Alcançar a sustentabilidade financeira é um objetivo central para qualquer negócio. Para isso, precisa-se de algumas estratégias que garantam o equilíbrio entre receitas e despesas; algumas das possibilidades mais interessantes são:
Planejamento financeiro
O primeiro passo para alcançar a sustentabilidade financeira é a elaboração de um planejamento financeiro. Esse plano deve incluir projeções de receitas e despesas, além de metas financeiras claras. O planejamento financeiro ajuda a empresa a prever cenários futuros, a tomar melhores decisões e evitar surpresas desagradáveis. Ele deve ser revisado regularmente para se ajustar às mudanças do mercado e às condições internas da empresa.
Controle de custos
Controlar os custos é essencial para manter a saúde financeira de uma empresa. Isso envolve monitorar todas as despesas e buscar constantemente maneiras de reduzi-las sem comprometer a qualidade dos produtos e/ou serviços oferecidos.
Gestão de fluxo de caixa
A gestão do fluxo de caixa é vital para garantir que a empresa tenha recursos suficientes para cumprir suas obrigações e investir em oportunidades de crescimento. Manter um fluxo de caixa positivo envolve planejar entradas e saídas, garantindo que as receitas sejam suficientes para cobrir as despesas.
Diversificação de receitas
Contar com várias fontes de receita pode ajudar a empresa a se proteger contra mudanças no mercado e a garantir uma base mais sólida. Diversificar as receitas pode envolver introduzir novos produtos ou serviços, a expansão para novos mercados ou a busca de parcerias estratégicas.
Investimento em tecnologia
Investir em tecnologia pode aumentar a eficiência operacional e reduzir os custos a longo prazo. Ferramentas como sistemas de gestão empresarial (ERP), softwares de contabilidade e automação de processos, podem ser opções interessantes.
Formação e Capacitação
Capacitar a equipe é fundamental para garantir que todos estejam alinhados com os objetivos da empresa e prontos pra contribuir para a sua sustentabilidade.
Monitoramento de indicadores
Acompanhar indicadores regularmente permite identificar tendências, avaliar o desempenho e tomar decisões baseadas em dados concretos para o crescimento da empresa.
Gestão de riscos
Identificar e gerenciar riscos é uma parte importante para manter a sustentabilidade financeira. Isso envolve analisar os riscos internos e externos que podem afetar a empresa e desenvolver planos para mitigação deles.
Relacionamento com clientes
Manter um bom relacionamento com clientes pode contribuir para a sustentabilidade financeira, afinal, clientes satisfeitos são mais propensos a voltarem, o que aumenta as receitas.
Inovação contínua
Inovar é essencial para se manter competitivo e relevante no mercado, e ela pode se dar na forma de novos produtos, serviços, processos ou até mesmo modelos de negócios.
Avaliação e ajuste
A sustentabilidade financeira não é um objetivo estático, mas dinâmico. É importante que a empresa revise suas metas, analise os resultados e ajuste suas ações conforme necessário. Flexibilidade e capacidade de adaptação são essenciais para responder às mudanças do mercado e às condições econômicas.
Conclusão
Portanto, entender o conceito de breakeven é essencial para qualquer negócio. Como mencionamos, saber exatamente quando as receitas igualam os custos permite uma gestão financeira mais precisa. Este ponto é o primeiro passo para a empresa começar a gerar lucros.
Portanto, o breakeven não é só uma ferramenta de análise financeira, mas também um guia para a tomada de decisões empresariais. Compreendê-lo e aplicá-lo corretamente pode fazer a diferença entre manter um negócio viável e alcançar novos patamares de sucesso.
Por fim, lembre-se: Alie esse indicador a outros que podem te dar uma visão mais completa, e não se esqueça de documentar e registrar todo o processo! Isso vai te ajudar a identificar coisas que já aconteceram e deram certo, e coisas que vale a pena abandonar, alterando a rota de ação para a empresa.