Em 2024, tanto o Brasil quanto o mundo enfrentam um cenário de juros elevados. Saiba mais sobre o cenário, e conheça investimentos rentáveis.
Conforme a economia sinaliza uma possível queda nas taxas de juros em 2024, os investidores enfrentam novos desafios e oportunidades.
Este texto aborda estratégias eficazes para investir em um contexto de queda nas taxas de juros, levando em conta as previsões para o Brasil e os Estados Unidos. Veja quais são os investimentos rentáveis para 2024!
Das ações à renda fixa, este artigo traz as opções que podem potencializar os ganhos dos investidores em um cenário econômico em mudança.
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De acordo com o relatório atualizado do BTG Pactual (do mesmo grupo da EXAME), as projeções para 2024 indicam que a Selic deve permanecer elevada, com uma estimativa de encerrar o ano em 10,50%.
No contexto internacional, o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, deve realizar dois cortes nas taxas de juros até o fim de 2024, situando-as entre 4,75% e 5,00% ao ano. Perspectivas otimistas apontam para uma desaceleração da inflação nos EUA, reforçando as expectativas de que os cortes nas taxas de juros possam ocorrer a partir do segundo semestre de 2024.
Cenário econômico em 2024
O ano de 2023 marcou o início da redução das taxas de juros no Brasil. Com o ciclo de cortes iniciado em agosto, a Selic encerra o ano em 11,75%. As previsões para 2024 indicam uma continuidade nesse movimento, com a expectativa de que os juros possam cair ainda mais, chegando a 9% até o final do ano, segundo o último Boletim Focus.
No exterior, embora o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, tenha mantido a taxa de juros entre 5,25% e 5,5% ao ano, as declarações recentes de seu presidente, Jerome Powell, sugerem que o início dos cortes de juros pode estar próximo. Além disso, dados otimistas sobre a inflação americana reforçam as expectativas de que a redução das taxas possa começar já em março de 2024.
No Brasil, avanços político-fiscais, como a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e do Orçamento Federal para 2024, também têm deixado os investidores mais confiantes. Esse contexto tem estimulado o apetite ao risco, com o mercado já vislumbrando o retorno das ofertas públicas iniciais (IPO), que não ocorrem no Brasil desde 2021.
Especialistas afirmam que o momento pode ser favorável para os investidores direcionarem suas atenções para a bolsa de valores e outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários. Ainda assim, apesar da queda na Selic, analistas entrevistados pela EXAME destacam que a renda fixa continua atrativa, já que a taxa de juros permanece em dois dígitos.
Como investir em cenários de queda de juros?
Especialistas recomendam explorar oportunidades no mercado de ações e ativos de renda variável, como fundos imobiliários, diante da queda na Selic. Mesmo com essa tendência de baixa, a renda fixa ainda se mostra interessante devido à taxa de juros elevada. Nesse cenário, os investidores têm várias opções para ajustar suas carteiras e maximizar seus ganhos.
Investir durante a queda dos juros exige uma abordagem estratégica para aumentar os retornos e minimizar riscos. Alguns pontos importantes incluem:
1. Renda Fixa Adaptada: Investimentos rentáveis em renda fixa podem ser impactados pela queda de juros. Procure por ativos com taxas ajustáveis ou ligadas à inflação, como títulos indexados ou de prazos mais longos.
2. Fundos de Investimento: Fundos multimercado e de ações são alternativas interessantes, permitindo uma gestão ativa para capturar oportunidades de retorno.
3. Ações de Setores Beneficiados: Empresas dos setores imobiliário e de consumo tendem a se beneficiar com juros mais baixos. Ações desses segmentos podem ser vantajosas.
4. Diversificação Internacional: Investir em mercados internacionais pode ser uma boa estratégia para buscar rendimentos em economias com perspectivas diferentes.
5. Títulos do Tesouro Direto: Reavalie seus investimentos rentáveis em títulos públicos conforme as mudanças nas taxas de juros, considerando opções prefixadas ou atreladas à inflação.
6. Cautela com Renda Fixa Tradicional: Evite concentrar investimentos em opções tradicionais de renda fixa, como CDBs e poupança, que podem oferecer retornos menos competitivos em cenários de queda de juros.
Toda estratégia de investimento deve ser alinhada ao perfil de risco e aos objetivos financeiros do investidor. Consultar um especialista pode ajudar a ajustar a carteira ao cenário atual.
Lista dos 5 melhores investimentos rentáveis para 2024
Em um ambiente de queda de juros, a diversificação é essencial. O investidor deve avaliar seu perfil de risco e metas antes de tomar decisões. Veja abaixo as opções recomendadas:
1. Tesouro Direto
Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA, continuam sendo uma opção sólida para quem busca segurança e liquidez, mesmo com a queda dos juros.
Ademais, o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA são instrumentos importantes para preservar o capital e garantir retornos ajustados à inflação.
2. CDBs
Esses títulos emitidos por instituições financeiras oferecem uma ampla gama de prazos e modalidades, permitindo que os investidores ajustem suas escolhas de acordo com suas metas financeiras e perfil de risco.
As taxas podem ser pré ou pós-fixadas, o que proporciona flexibilidade em relação às expectativas do mercado e à evolução das taxas de juros. Essa adaptabilidade ajuda os investidores a otimizar suas carteiras conforme as condições econômicas.
Ademais, uma vantagem importante dos CDBs é a disponibilidade de opções com liquidez diária, permitindo que os investidores resgatem seus investimentos antecipadamente sem sofrer penalidades ou perdas de rendimento.
3. LCIs e LCAs
Com isenção de imposto de renda, esses títulos lastreados em operações imobiliárias ou do agronegócio se tornam opções atraentes em um cenário de queda de juros.
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Esses títulos, isentos de imposto de renda para pessoas físicas, são atraentes porque são lastreados em operações específicas, como no setor imobiliário para as LCIs e no agronegócio para as LCAs.
Essa isenção fiscal oferece uma vantagem importante, já que permite ao investidor maximizar os retornos líquidos, tornando esses ativos uma opção interessante, especialmente em cenários de queda de juros.
4. Fundos Imobiliários
Com a expectativa de queda nas taxas de juros, os Fundos Imobiliários (FIIs) ganham relevância nas estratégias de investimento. Esses fundos, que aplicam recursos em empreendimentos imobiliários como escritórios, shoppings e outros tipos de propriedades, se tornam mais atrativos pela capacidade de gerar retornos constantes e promover diversificação, mesmo em um ambiente de juros mais baixos.
A valorização dos imóveis é um ponto essencial dos FIIs, pois a procura por ativos tangíveis, como propriedades, se intensifica, já que esses ativos costumam manter seu valor e oferecer ganhos potenciais ao longo do tempo.
Veja os Fundos Imobiliários indicados para 2024 de acordo com o banco BTG Pactual.
5. Ações de Valor
As ações de valor ganham destaque nesse cenário. Empresas com fundamentos sólidos, histórico de resultados consistentes e boas perspectivas de crescimento a longo prazo são opções atraentes. Em um ambiente de queda de juros, os investidores podem focar em ações de valor para maximizar seus retornos. Empresas bem estabelecidas, com desempenho consistente e perspectivas de expansão, tornam-se escolhas interessantes.
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Além disso, investir em Exchange Traded Funds (ETFs) focados no fator valor é uma estratégia eficaz. Esses ETFs reúnem ações de empresas que seguem critérios específicos de valor, proporcionando aos investidores uma carteira diversificada.
Veja as ações recomendadas para 2024 de acordo com o banco BTG Pactual.
Esse texto foi retirado do artigo da Exame: Os 5 melhores investimentos para 2024