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Mercado imobiliário em 2022: saiba quais são as tendências

Foram várias as mudanças e tendências no mercado imobiliário ao longo dos últimos anos. Algumas delas são consistentes e dão sinais de como o mercado imobiliário vai se comportar daqui em diante. 

Certamente, ventos contrários ainda pairam sobre o mercado imobiliário, seja em relação a questões como inflação, interrupção da cadeia de suprimentos, geopolítica e possíveis mudanças tributárias, ou no que diz respeito às eleições no Brasil e às taxas de juros.

Contudo, a pesquisa do Think Tank Amazonita Clube, núcleo de estratégia do grupo Mulheres do Imobiliário, aponta que os segmentos imobiliários devem oferecer as maiores oportunidades em diversos setores, como o residencial — tanto do ponto de vista de venda (49,3%) quanto de locação e renda (56,7%) —;o de galpões e condomínios industriais e logísticos (50,7%); e o de fundos de investimento imobiliário (43,3%).

Ao avaliar o cenário, vemos também que o setor imobiliário tem adotado e incorporado mais tecnologia e se preocupado mais com a sustentabilidade — tendências que dirigem o setor para um futuro promissor.

Conheça as tendências para o mercado imobiliário e descubra se vale a pena investir no setor.

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Perspectivas e tendências do mercado imobiliário em 2022

Há três palavras que os profissionais do setor imobiliário devem considerar neste ano: flexibilidade, conveniência e resiliência. Esses são os temas que resultam do relatório anual Emerging Trends in Real Estate 2022, divulgado pela PwC e pelo Urban Land Institute.

Fato é que o setor imobiliário é resiliente, uma vez que conseguiu resistir aos desafios da economia e até emergir mais forte do que antes, apontando para a “capacidade coletiva da indústria de se adaptar às mudanças nas condições do mercado e aos riscos futuros desconhecidos”, segundo o relatório. Mas o que esperar além disso? Continue a leitura e descubra.

Os impactos da pandemia da Covid-19 no mercado imobiliário

Desde o início, a pandemia do COVID-19 desafiou quase todas as previsões econômicas. Em março de 2020, lojas, restaurantes e escritórios fecharam as portas ou demitiram em massa, de forma jamais imaginada.

O mercado de ações despencou, e adicionando a isso o aumento da taxa de juros, da inflação e a queda do poder aquisitivo da população, as incorporadoras imobiliárias e os investidores se viram duramente desafiados.

Fato é que alguns mercados e setores podem ter mudado para sempre. No Brasil todo há prédios obsoletos, e os gestores de propriedade agora precisam imaginar como eles podem ser reaproveitados.

Além disso, há outros obstáculos econômicos que incluem gargalos na cadeia de suprimentos que retardam ou interrompem a produção. Apesar disso, os números de 2020 e 2021 foram bons para o mercado imobiliário. 

Empréstimos e financiamentos

Considerando o potencial do setor para impulsionar a economia, o governo tomou iniciativas para aumentar os incentivos fiscais, proporcionando um ambiente propício para incentivar os compradores de casa própria. As baixas taxas de juros dos empréstimos à habitação aumentaram invariavelmente o fator de acessibilidade para potenciais compradores de imóveis.

Cabe ressaltar que o setor de moradia é agora o mais ativo globalmente e está impulsionando o mercado imobiliário. E o crédito imobiliário, até o momento, tem sido a peça-chave.

O bom desempenho dos financiamentos imobiliários com dinheiro do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) acumulou 206,86 bilhões de reais entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, um aumento de 79,6% em 12 meses, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Os financiamentos batem recordes consecutivos e devem seguir em montante elevado em 2022, apesar das previsões de uma queda entre 5% e 10% do volume financiado.

Sendo assim, as incorporadoras acabam tendo papel crucial no mercado imobiliário, uma vez que, se elas mantêm os lançamentos, os preços se sustentam — a previsão é que muitas incorporadoras irão antecipar os lançamentos dos imóveis para o primeiro semestre deste ano, devido às eleições e ao cenário de incertezas econômicas. 

Pode-se ver ainda que houve alta nos preços das matérias-primas em um cenário de retomada econômica acelerada, refletida na inflação de 14,7% medida pelo INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) nos 12 meses encerrados em novembro. Soma-se a isso às altas da taxa Selic e dos financiamentos imobiliários.

E a previsão é que, mesmo com a taxa básica de juros em alta, o movimento no financiamento imobiliário ocorra, mas com intensidade menor. Por ser considerada uma taxa livre de risco, a Selic é usada como referência para os mais diversos títulos de renda fixa, e isso é um ponto que favorece quem deseja fazer aplicações em ativos.

Perspectivas de mercado de capitais para 2022

No mundo todo, os mercados de capitais continuam a se recuperar de suas baixas pandêmicas, com vários mercados registrando atividade de investimento recorde no acumulado do ano no final do terceiro trimestre de 2021, permitindo que os volumes do ano atingissem recordes históricos, em US$ 757 bilhões (aumento de 50% ano a ano). 

A atividade dos mercados de capitais nas Américas e as maiores economias da EMEA (Europa, Oriente Médio e África) impulsionaram o crescimento trimestral, já que vários dos mercados que mostraram resiliência nos estágios iniciais da pandemia, como Japão e Coreia do Sul, experimentaram atividade moderada nos mercados de capitais nos últimos meses. 

No Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados  Financeiros de Capitais (Anbima), o  fluxo no mercado de capitais deve se manter, mesmo com os juros em alta e diante da aproximação das eleições.

É fundamental compreender que o desenvolvimento do mercado de capitais é um caminho importante para que o país retome sua rota de crescimento econômico, uma vez que ele gera emprego e renda para a sociedade.

O que é o mercado de capitais e qual a sua importância?

O Mercado de capitais (ou de valores mobiliários) é um dos segmentos do sistema financeiro responsáveis por intermediar negociações entre quem quer captar dinheiro, como empresas, incorporadoras, e quem quer investir, como pessoas físicas e investidores profissionais. 

É por meio do mercado de capitais que são negociados ativos como ações, debêntures, fundos de investimento e fundos imobiliários, por exemplo. E as operações são, em geral, de médio e longo prazo.

O papel dos mercados de capitais é vital para o crescimento inclusivo em termos de distribuição de riqueza e para tornar o capital mais seguro para os investidores.

Os mercados de capitais podem criar uma maior inclusão financeira ao introduzir novos produtos e serviços adaptados às preferências de risco e retorno dos investidores, bem como às necessidades de projetos e apetite de risco dos mutuários. Inovação, assessoria de crédito, educação financeira e identificação adequada do segmento constituem as estratégias possíveis para isso.

Um mercado de capitais bem desenvolvido cria um mecanismo de distribuição sustentável de baixo custo para vários produtos e serviços financeiros em todo o país.

ESG: como está impactando o mercado imobiliário?

As incorporadoras têm visado a atratividade para os clientes e investido em apartamentos compactos do tipo estúdio, habitações bem localizadas com locais com mais espaço para caminhar e pedalar, espaços públicos verdes, etc. 

Observa-se outras questões sociais nas quais o setor imobiliário está se concentrando, como a acessibilidade da moradia, que piorou severamente durante a pandemia, e a adoção de uma abordagem mais proativa para promover a diversidade e a inclusão dentro de empresas ou grupos do setor.

Mas não é só isso, há uma outra tendência do mercado imobiliário,  o setor tem focado em seu papel no alívio das mudanças climáticas e na responsabilidade em mitigar os riscos ambientais.

O relatório PwC revelou que 82% dos entrevistados consideram elementos ESG ao tomar decisões operacionais ou de investimento. Isso pode significar que as pessoas estão incorporando o ESG em suas decisões de investimento, compra ou seleção de propriedade e posicionamento de ativos

ESG significa ambiental, social e de governança; e estes são os principais critérios utilizados para avaliar se um investimento é socialmente responsável ou ético. E embora o investimento em ESG seja mais comumente usado por investidores em ações, ele pode certamente ser aplicado também a investimentos imobiliários.

A ideia é que o investidor não apenas obtenha bons retornos de investimento, mas também encontre oportunidades de investimento sustentável que sejam benéficas para a sociedade como um todo.

Algumas das maneiras possíveis de garantir que os diferentes tipos de investimentos imobiliários sejam compatíveis com as ESG.

Investidores mostram interesse em setores alternativos do mercado imobiliário

Em contraste com ativos tradicionais, como financiamentos de imóveis, aluguéis etc., os investidores têm adotado opções de investimentos indiretos que oferecem altas taxas de retorno e com menos riscos. É o caso de investimentos em fintechs de investimento do setor imobiliário.

Se você deseja investir em imóveis, mas não quer comprar um imóvel ou deseja investir com um valor inicial menor, procure plataformas de crowdfunding imobiliário.

A plataforma de financiamento coletivo imobiliário facilita a introdução no mercado imobiliário porque lida com a verificação das propriedades e trabalha com as incorporadoras. Você também pode gerenciar e acompanhar seus investimentos online, o que oferece mais flexibilidade. 

Em suma, o desejo de flexibilidade e conveniência vai impulsionar mudanças no setor de investimento imobiliário não apenas em 2022, mas também na próxima década. As tendências para os próximos anos, que incluem o trabalho home office ou híbrido, podem transformar edifícios, mercados e decisões de investimento.

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Conclusão

As empresas do mercado imobiliário estão repensando suas estratégias para 2022. Embora muitos estejam otimistas com suas perspectivas, estão prestando muita atenção a várias mudanças: os impactos das mudanças na forma de trabalho; questões ambientais, sociais e de governança (ESG); e aumento dos custos e da concorrência. 

À medida que lidam com essas e outras pressões de negócios, o segmento imobiliário têm a oportunidade de adotar soluções criativas para ficar à frente dos desafios e traçar suas estratégias de crescimento para o futuro.

Então, seja você um investidor em busca de diversificação e investimentos imobiliários, ou uma incorporadora ou construtora à procura de financiamento, a INCO pode ajudar. Conheça nossa plataforma e cadastre-se!

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