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Rentabilidade real: o que é, como calcular e porquê é importante

Quase todas as carteiras de investimento visam maximizar os retornos gerais – é o que os investidores escolhem fazer com esses retornos que variam de pessoa para pessoa.

Com isso dito, a melhor maneira de garantir que você esteja construindo um portfólio de sucesso é por meio de uma avaliação consistente. 

Para um investidor que procura desempenho estável, menor volatilidade e risco reduzido, vale a pena saber calcular a rentabilidade real de um investimento. 

Os investidores muitas vezes olham para os retornos e rendimentos sem levar em conta o impacto da inflação. 

A rentabilidade real de um título considera a taxa de inflação e descreve com mais precisão o ganho ou a perda do seu investimento.

Sem incluir os efeitos da inflação, o retorno de um ativo é seu aumento percentual no valor em relação ao custo original.

O rendimento de um ativo é um pouco diferente, pois descreve o valor da receita, como dividendos, que foi devolvido em um ativo em relação ao seu custo original. Porém, o cálculo do rendimento não inclui ganhos de capital, enquanto o cálculo do retorno inclui.

Vamos entender melhor o que são investimentos com rentabilidade real, como calcular e porque é importante buscar por eles na hora de investir. Boa leitura! 

O que é retorno real e como a inflação interfere no cálculo?

Um retorno real é o que é ganho em um investimento após a contabilização de impostos e inflação. 

Uma taxa de retorno real é o retorno percentual anual realizado em um investimento, que é ajustado para mudança nos preços devido à inflação ou outros efeitos externos. 

Esse método expressa a taxa de retorno nominal em termos reais, o que mantém o poder de compra de um determinado nível de capital constante ao longo do tempo.

Bem, a inflação significa um aumento nos preços dos bens e serviços ao longo de um período. Com o aumento dos preços, seu poder de compra diminui. Ou seja, você estará pagando mais caro pelo mesmo produto durante um período.

Por exemplo, digamos que você comprou um quilo de açúcar por R$ 5 há três anos. Para a mesma quantidade de açúcar hoje, vai para R$ 12.

Essencialmente, seu investimento deve acompanhar a inflação. Se seus investimentos crescem 2% a cada ano, mas a inflação aumenta 3% a cada ano, você acaba perdendo todos os retornos que obtém.

Por esse motivo, você, como investidor, deve considerar o retorno real — também conhecido como retorno ajustado à inflação — medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os custos e os impostos.

Rendimentos reais e retornos reais são considerações importantes na hora de tomar decisões de investimento, mas não são os únicos. Às vezes, os investidores aceitam um rendimento abaixo da taxa de inflação em troca de segurança.

Cabe ressaltar que ao investir deve-se levar em conta os custos com taxa de administração, custódia, Imposto de Renda e a inflação, uma vez que se ela não for considerada o investidor pode ter um rendimento negativo.

O que significa rentabilidade negativa?

Rentabilidade negativa é a expressão usada para descrever quando o rendimento nominal de um investimento é igual ou inferior à taxa de inflação. 

O rendimento real de um investimento não é a única consideração. Os investidores também precisam se concentrar em outros pontos, incluindo seus objetivos de longo prazo, a duração de seu horizonte de investimento e sua tolerância ao risco.

Em todos os casos, é importante estar ciente do impacto que a inflação está causando nos retornos de seus investimentos. 

Ao avaliar um investimento, certifique-se de considerar seu retorno real e rendimento real, em vez de simplesmente olhar para seu retorno nominal ou rendimento nominal. Manter isso em mente ajudará você a alcançar bons rendimentos.

Qual é o principal benefício da rentabilidade real?

A taxa real de retorno ajusta o lucro pelos efeitos da inflação. É uma medida mais precisa do desempenho do investimento do que a taxa de retorno nominal. 

As taxas de retorno nominais são mais altas do que as taxas de retorno reais, exceto em tempos de inflação ou deflação zero. 

Em suma, ela serve para demonstrar ao investidor como suas aplicações estão performando em relação à inflação acumulada em um determinado período. E isso é importante para que o investidor possa avaliar se o poder de compra aumentou ou diminuiu.

Basicamente, se o seu investimento render exatamente o valor da inflação, você conseguiu manter o seu poder de compra. No entanto, se ele render menos do que a inflação você perdeu poder de compra.

Aproveite e descubra aqui a diferença entre rendimento e rentabilidade.

Qual é a principal diferença entre a rentabilidade real e a rentabilidade nominal?

Então, discutimos a rentabilidade real e, como você viu, precisamos usar a rentabilidade nominal para encontrá-la. 

A razão é que a rentabilidade nominal de retorno é simplesmente a taxa de retorno sem qualquer ajuste pela inflação.

Isso faz com que a rentabilidade nominal seja quase sempre maior que a rentabilidade real de retorno, com a única exceção dos tempos de deflação, também conhecidos como inflação negativa.

Em tempos de inflação extremamente alta, a rentabilidade nominal de retorno pode parecer mais alta e os investimentos podem parecer mais atraentes.

No entanto, uma alta taxa de inflação significa que o lucro real desse investimento ou a rentabilidade real será realmente muito menor e poderá resultar em perdas.

A taxa que você verá anunciada em produtos de investimento comuns é a rentabilidade nominal, e isso é importante para entender o que ela oferece. 

Já a rentabilidade real fornecerá uma imagem mais completa de como um investimento realmente foi realizado.

Como fazer o cálculo da rentabilidade real?

O cálculo da rentabilidade real é muito simples, basta subtrair o percentual da inflação atual. 

Para isso, você deve utilizar a seguinte fórmula:

r = (1 + rendimentos) ÷ (1 + inflação) – 1. 

Vamos ao exemplo prático:

Suponhamos que você tenha feito uma aplicação em um ativo de renda fixa e sua aplicação rendeu 8% no ano, e a inflação neste período foi de 4%. 

Para fazer o cálculo, primeiro é necessário transformar os valores percentuais em números decimais, dividindo por 100.  Em seguida, multiplicar a quantidade alocada de cada ativo pela sua rentabilidade no período:

Aplicando a fórmula, temos:

r=(1 + 0,08) ÷ (1 + 0,04) – 1.

O resultado é o valor da rentabilidade real, que é de 3,8%.

É muito comum os investidores acharem que a rentabilidade da aplicação seja, como no exemplo, de 8% no período. Contudo, é importante considerar a inflação para ter o resultado da rentabilidade real.

Diversificar seu portfólio garante uma rentabilidade 

Certamente, é uma boa ideia investir em uma ampla variedade de ativos – ações, títulos, imóveis, fundos, etc. 

Isso porque cada tipo de ativo tende a reagir de forma diferente aos eventos mundiais e às forças do mercado. Por isso, uma carteira diversificada é uma carteira menos arriscada.

O tempo é outro fator importante ao investir. Investir cedo pode resultar em retornos maiores no longo prazo. 

Isso se deve em grande parte aos juros compostos, que ocorrem quando os juros são ganhos em um investimento inicial, juntamente com os retornos já acumulados por esse investimento. 

Um portfólio diversificado com perspectiva de longo prazo é geralmente considerado a melhor maneira de maximizar os retornos. 

Portanto, para obter um bom retorno sobre seus investimentos, os investidores devem manter seus objetivos em mente, conhecer a rentabilidade real, os riscos e, é claro, o tipo de perfil de investimento.

Pense em suas metas de investimento, comece cedo e diversifique. Aqui na INCO  podemos ajudá-lo a seguir o caminho certo para investir com sabedoria e com o objetivo de alcançar seus objetivos.

Conclusão

O principal objetivo de um investidor é ganhar dinheiro, certo? Embora você não possa prever o desempenho do seu portfólio de investimentos, existem várias métricas que os investidores podem usar para calcular uma estimativa realista do crescimento futuro da sua carteira.

Por isso, é importante considerar a  rentabilidade real antes de fazer um investimento. 

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