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Quanto rende a poupança? Ela ainda é uma boa opção em 2021?

Vale a pena investir na poupança em 2021? Quanto rende a poupança? Com as novas tecnologias de investimento digital, investir nunca foi tão fácil. Existem hoje inúmeras maneiras, mais rentáveis que a poupança e tão seguras quanto, de aplicar o seu dinheiro e maximizar os seus ganhos.

Mas em tempos de incerteza, surge uma demanda enorme por liquidez – algo que a poupança pode se destacar frente à outras aplicações financeiras.

Além disso, com a queda geral das rendas fixas, os retornos da poupança, que são notoriamente baixos, até se tornaram um pouco mais atraentes. É por isso que, recentemente, muitas pessoas voltaram a considerar guardar suas economias na conta poupança.

Então, se você também quer entender qual o estado atual da caderneta, saber quanto rende a poupança e porquê ela é tão segura, este texto é pra você. Continue com a gente e descubra tudo que precisa saber sobre a poupança!

Poupança: o que é, como surgiu e como funciona?

A caderneta de poupança, também conhecida apenas como poupança, é um investimento de baixo risco e alta liquidez, assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). É disponibilizada à pessoas físicas e jurídicas em contas bancárias, chamadas de conta poupança, que são oferecidas por diversos bancos e instituições financeiras.

Em outras palavras, todo dinheiro que você deposita na poupança está em um lugar seguro, pois ela é garantida pelo FGC; é também um lugar de fácil acesso, pois você pode movimentar a quantia livremente e quando quiser; e conta com um rendimento mínimo, que costuma cobrir pelo menos a inflação anual.

Esse combo de praticidade e um rendimento parco, mas contínuo, tornaram a poupança a aplicação mais queridinha do Brasil por muitos anos. Aliás, a história da poupança é mais longa do que muitos imaginam, tendo início lá atrás, no século XIX!

A caderneta de poupança surgiu de um decreto feito por Dom Pedro II, em 1861. Na época, o rendimento da poupança era instituído anualmente pelo governo central, mas tinha um limite de 6% de retorno ao ano – um valor até relativamente atraente para os padrões atuais, considerando que se trata de um investimento de baixíssimo risco.

Durante os anos que o Brasil enfrentou uma hiperinflação, nas décadas de 80 e 90, o rendimento da poupança aumentou muito. Isso porque uma forma de se combater a inflação é aumentando a taxa de juros, uma referência importante para determinar a remuneração da poupança.

Além disso, o alto rendimento de juros da poupança era uma forma de compensar parte das perdas que a população sofria com a inflação, que corroía o valor da moeda e diminuía o poder de compra das pessoas. Os juros eram tão altos, inclusive, que em abril de 1994 a rentabilidade da poupança atingiu seu recorde: 52% em apenas 30 dias!

Mas apesar desses pontos fora da curva, ao longo das décadas o rendimento da poupança flutuou, no geral, em torno daquele patamar de 6% de juros ao ano, que havia se tornado uma espécie de piso mínimo do rendimento. 

Isso mudou, contudo, quando entrou em vigor em 2012 uma nova legislação brasileira, que tratava sobre a regra de rendimento da poupança. E essa nova regra, que ainda perdura, reduziu bastante o retorno da aplicação desde que foi implementada.

Quanto rende a poupança? Veja como calcular o rendimento!

Para fazer o cálculo do rendimento da poupança é preciso estabelecer, antes, as diferenças entre pessoas físicas e jurídicas. Para as PJs de fins lucrativos, é cobrado um imposto de 22,5% sobre os rendimentos da poupança. Já para as pessoas físicas, o rendimento da poupança fica isento de imposto de renda.

Outro fator que influencia no cálculo da poupança é a data do depósito: os valores depositados antes de 3 de maio de 2012, data em que foi instaurada a Lei nº 12.703/2012 (mais conhecida como Lei da Poupança), continuam a render 6% ao ano. Mas todos os depósitos desde então têm seus rendimentos de acordo com a nova lei, que continua vigente.

A Lei 12.703/12 rege que o rendimento da poupança terá como base duas taxas: a Taxa Selic, que é a taxa de juros básica da economia, e a Taxa Referencial (TR). 

Ela prevê, ainda, dois cálculos diferentes: um para quando a Selic estiver acima de 8,5%, outro para uma Selic abaixo de 8,5% ao ano. Funciona assim:

– No primeiro caso, de Selic mais alta, a rentabilidade da poupança será 0,5% por mês, mais a Taxa Referencial (TR).

– No segundo caso, de Selic inferior, a poupança renderá 70% do valor da Selic, mais a TR.

Mas a Taxa Referencial está zerada desde setembro de 2017, o que já representa uma queda forte do rendimento da aplicação.

A poupança ainda vale a pena em 2021?

A Selic está na faixa de 11,75% ao ano, e quando a Selic está acima de 8,5%, o rendimento da poupança fica fixado em 6% ao ano mais a taxa TR. A TR é atualizada diariamente pelo Banco Central, e em janeiro de 2022, ficou em 0,13%.

Quanto rende R$1000 na poupança?

Então, considerando que o rendimento atual da poupança é 6% ao ano mais 0,13% da taxa TR, isso significa que investir R$1000 na poupança rende, em 12 meses, R$61,30. Ou seja, ao final de 1 ano com seu dinheiro parado na poupança, você terá praticamente os mesmos 1000 reais que investiu inicialmente.

Mas apesar de tudo isso, e por incrível que pareça, a caderneta de poupança continua extremamente popular entre os brasileiros. Estudo realizado pela Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, estima que 88% dos brasileiros têm dinheiro guardado na poupança

Além disso, no ano de 2020, a aplicação teve a maior captação da série histórica, iniciada em janeiro de 1995: o saldo positivo foi de 166,3 bilhões. 

De acordo com os especialistas, existem duas explicações possíveis para esse resultado surpreendente. A primeira explicação está associada diretamente à Selic: quando a taxa está baixa, derruba também os retornos das rendas fixas. Essa queda de rentabilidade trouxe a renda fixa a um patamar semelhante ao da poupança, abaixo da inflação anual

O segundo motivo é o Auxílio Emergencial do governo federal, que realizou depósitos na ordem de 295 bilhões ao longo de 2020. Embora tenha sido utilizado para financiar gastos de maior urgência, a hipótese é que parte do benefício tenha permanecido guardado na poupança, como reserva de emergência. 

Soma-se a isso o fato de que recursos aplicados na poupança possuem maior liquidez do que títulos do Tesouro Direto, por exemplo, uma das aplicações mais populares do Brasil. Considerando que a liquidez é um fator tão essencial em momentos de incerteza econômica, a poupança se torna mais atrativa nesse momento em comparação com outras opções de renda fixa do mercado.

Mas de todo modo, uma coisa é certa: o rendimento da poupança de 6% ao ano ainda deixa muito a desejar. Por isso, se você almeja rentabilidades maiores, mas ainda quer manter seu dinheiro em uma aplicação segura, não se preocupe.

Existem opções alternativas de investimento que conseguem oferecer segurança, além de retornos superiores aos rendimentos da poupança e das rendas fixas.

Existe investimento melhor que a poupança? Veja as alternativas!

Agora que você já sabe quanto rende a poupança, está na hora de entender quais são alternativas melhores de investimento do que a velha caderneta.

Mas antes, é preciso entender que todo investimento conta com um tradeoff entre risco e rentabilidade. Em “economês”, tradeoff pode ser resumido como uma escolha: você pode escolher entre investimentos menos rentáveis, mas bem seguros, ou investimentos mais rentáveis que não oferecem tanta segurança. 

Em um momento de grandes incertezas econômicas, existe uma tendência também de priorizar a segurança ao invés da rentabilidade. Mas é uma questão de ponto de vista: com a menor demanda por aplicações de maior risco, momentos como esse também podem ser uma oportunidade para adquirir ativos de risco por um preço mais em conta, por exemplo. 

Por isso que, antes de começar a aplicar, é muito importante determinar qual o seu perfil de investidor, o grau de risco que você está disposto a correr e qual o seu objetivo com aquele investimento. Cada pessoa tem seu próprio jeito de investir, portanto não existe uma resposta ideal para todos.

Agora, tendo tudo isso em mente, vamos responder a pergunta-chave: qual investimento pode oferecer uma segurança semelhante à poupança, mas com uma rentabilidade mais robusta?

Aplicações em CDI

Um jeito fácil de conseguir um retorno melhor que a poupança é ter seu dinheiro em um banco digital, cuja conta bancária rende 100% (ou mais) do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Assim como a caderneta de poupança, a maioria desses investimentos também é coberto pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito, com a vantagem de que seu resgate é diário, enquanto a poupança requer que os resgates sejam feitos somente a cada 30 dias. Em outras palavras, a liquidez do CDI é ainda maior que a da poupança.

Ou seja, além de também ser segurado pelo FGC, o CDI conta com uma rentabilidade um pouco maior que a poupança e oferece melhor liquidez.

Crowdfunding imobiliário

Mas outra aplicação que tem ganhado certo destaque ultimamente é o crowdfunding imobiliário, um jeito novo de investir em imóveis que reúne pequenos e médios investidores na realização de grandes empreendimentos. 

O crowdfunding de imóveis tem nas raízes o financiamento coletivo, também conhecido aqui no Brasil como “vaquinha online”, que foi popularizado através de grandes plataformas como Patreon, Catarse e Kickstarter. 

Essa lógica do financiamento coletivo foi aplicada, então, ao mercado imobiliário, trazendo com isso grandes vantagens.

Rentabilidade mínima garantida

Mesmo que a venda do imóvel não dê os resultados esperados, você tem uma garantia contratual de que receberá sua remuneração ao final do processo.

Zero taxas

Com o crowdfunding imobiliário, não existe um gerente para controlar o seu dinheiro. Você ganha autonomia de escolha e elimina as taxas de aplicação que minam seus rendimentos.

Acessibilidade

Você pode investir no crowdfunding imobiliário a partir de apenas R$1000,00, democratizando o acesso ao investimento em imóveis, que costumam exigir tickets de entrada maiores.

Invista com facilidade

O mercado de imóveis é um dos mais tradicionais do mundo, mas aqui no Brasil, a compra e venda de imóveis é um processo extremamente lento e burocrático, requerendo por vezes inúmeras idas à cartórios e tabelionatos de notas.

Mas nada disso se aplica ao investimento coletivo: com o crowdfunding imobiliário, você investe do conforto do seu lar e em tempo recorde.

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