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Default: o que é e como impacta os credores e investidores

Default é um termo comum na área de finanças, referindo-se ao não pagamento de uma dívida de acordo com os termos acordados. 

Ele pode ocorrer em várias situações, desde empréstimos pessoais a dívidas soberanas, quando um país não é capaz de pagar suas dívidas internacionais. 

Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre o default financeiro e o default soberano, as consequências do default financeiro para ambas as partes e o que fazer após um default financeiro ter sido identificado.

O que caracteriza um default? 

O termo default costuma ser mais utilizado no mercado financeiro para se tratar de países. 

O chamado default soberano ocorre quando países não conseguem pagar suas dívidas, sejam elas externas ou internas. 

Mas esse conceito não fica restrito apenas ao universo dos países. Quando um investidor adquire títulos públicos, privados ou outros tipos de investimentos, ele com certeza terá algum risco de default envolvido na dívida.

O que é Default Soberano?

O soberano ocorre quando um país não é capaz de pagar suas dívidas externas, incluindo empréstimos de outras nações, bancos internacionais e investidores estrangeiros. 

As razões para um default soberano podem variar, mas estão geralmente relacionadas com problemas econômicos estruturais, como inflação alta, recessão econômica, queda nas receitas fiscais, crises políticas, instabilidade cambial, entre outros. 

Quando um país entra em default soberano, isso pode ter consequências graves e duradouras para sua economia e para o bem-estar de sua população, afetando não apenas o governo, mas também as empresas e os indivíduos que dependem dos investimentos e do comércio internacional.

É importante ressaltar que um default soberano não é uma situação única e exclusiva de países em desenvolvimento ou com economias mais frágeis.

Na verdade, já ocorreram casos de default soberano em países desenvolvidos, como a Grécia, em 2012, e a Argentina, em 2001. Em ambos os casos, os governos tiveram que recorrer a programas de ajuda financeira internacionais para sair da crise e retomar o crescimento econômico.

O que é Default Bancário?

Suponhamos que um cliente faça um investimento em uma instituição financeira e escolha um CDB, mas o banco venha à falência, o que acontece com esse investidor?

Bem, ele deve saber que todas as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a funcionar no Brasil, que emitirem os Instrumentos Financeiros Garantidos são obrigatoriamente associadas ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que garante que o cliente permaneça protegido pela garantia na vigência de sua aplicação. Isso significa mais segurança para que as pessoas e empresas depositem seu dinheiro nessas instituições.

A segurança do fundo FCG é que ele garante que irá restituir aos clientes do banco, em casos de default, um valor total de até R$ 250.000,00 por pessoa, por instituição ou conglomerado financeiro.

O que é Default Financeiro?

O financeiro ocorre quando uma empresa ou indivíduo não é capaz de cumprir com as obrigações financeiras, incluindo o pagamento de empréstimos, títulos e outros tipos de dívida.

Quando uma pessoa ou empresa entra em default financeiro, isso significa que não está conseguindo honrar seus compromissos financeiros e, consequentemente, pode sofrer sanções e perdas patrimoniais.

O default financeiro pode ter diversas causas, como a perda de emprego ou de renda, despesas inesperadas, problemas de saúde, crises econômicas, entre outros. 

Ele também pode afetar a vida financeira de terceiros, como no caso de empresas que entram em default financeiro e deixam de pagar seus fornecedores. 

Para evitar o default financeiro, é importante que as pessoas e empresas mantenham suas finanças organizadas e saudáveis, evitando o endividamento excessivo e mantendo reservas financeiras para imprevistos. Além disso, é fundamental que se tenha um planejamento financeiro adequado e que se evite gastos desnecessários ou supérfluos.

Consequências de um default soberano 

As consequências do default soberano podem ser amplas e afetar diversos setores da economia. 

Uma das principais consequências é a perda da confiança dos investidores e dos credores internacionais no país, o que pode levar a uma fuga de capitais e a uma desvalorização da moeda local.

Além disso, um default soberano pode aumentar significativamente o custo de captação de recursos no mercado internacional, uma vez que os investidores passam a exigir maiores taxas de juros e prazos mais curtos para emprestar dinheiro ao país inadimplente.

Outra consequência é o aumento da instabilidade financeira global. Quando um país deixa de pagar suas dívidas, isso pode gerar uma cadeia de inadimplência que afeta outros países e setores da economia global. Isso pode gerar uma redução no crescimento econômico, aumento do desemprego e da inflação em diversas regiões do mundo.

Ademais, o default soberano pode gerar um aumento dos juros das dívidas emitidas por outros países, principalmente os emergentes. 

Isso ocorre porque os investidores tendem a exigir maiores taxas de retorno para compensar o risco de inadimplência. Esse aumento dos juros pode afetar negativamente a capacidade de pagamento das dívidas desses países, gerando uma crise de dívida ao nível global.

Consequências de um default financeiro

Quando ocorre um default financeiro, é comum que os credores entrem em contato com a pessoa ou empresa inadimplente para negociar o pagamento da dívida. Em alguns casos, é possível fazer um acordo para parcelar a dívida ou renegociar as condições de pagamento.

Porém, caso a pessoa ou empresa não consiga chegar a um acordo com o credor, podem ocorrer sanções, como a negativação do nome nos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa e o SPC. Isso pode dificultar o acesso a crédito no futuro, bem como a obtenção de serviços financeiros, como cartões de crédito e empréstimos.

Outra consequência é o acúmulo de juros e multas, que podem aumentar consideravelmente o valor da dívida. Isso aumenta o prêmio potencial que será pago ao credor, mas pode também dificultar o pagamento, tornando o processo de regularização da situação financeira mais difícil e demorado.

Além disso, o default financeiro pode gerar problemas jurídicos, como ações de cobrança e execução judicial. Isso pode levar a penhora de bens, como imóveis e veículos, para quitação da dívida. Em casos extremos, a pessoa ou empresa inadimplente pode até mesmo perder seu patrimônio.

O default financeiro também pode afetar a reputação da pessoa ou empresa no mercado. Quando ocorre um default, isso pode gerar desconfiança por parte de fornecedores, parceiros comerciais e investidores, o que pode dificultar novas negociações e investimentos futuros.

Conclusão

Sabendo, agora, o que é default, você poderá tomar decisões mais assertivas na hora de escolher uma empresa para investir, levando em conta as instituições financeiras e os diferentes cenários do mercado. 

Leve em conta o risco de default do emissor de um título antes de aplicar o seu capital. Assim você evita problemas futuros.

Cabe considerar que nenhum fator isolado pode prever a inadimplência. Tal como acontece com outros riscos de investimento, pode não haver maneira de prever com precisão o default.

Mas com pesquisas e análises precisas, o risco de inadimplência pode ser gerenciado de forma eficaz.

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